SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realiza uma operação especial de busca pelas pessoas desaparecidas durante os temporais que causaram ao menos 46 mortes no estado. A Operação Desaparecidos procura determinar o número exato de pessoas não localizadas e ajudar na procura.
Os policiais atuam nos sete municípios mais afetados pelas inundações -Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Lajeado, Muçum e Roca Sales. Dez equipes foram formadas, com um total de 35 policiais de Porto Alegre e 83 da região do Vale do Taquari, a mais prejudicada pelas chuvas dos últimos dias.
“Estamos em busca de precisão dos números de desaparecidos, mas também estamos trabalhando em estreita colaboração com outras instituições. Vamos compartilhar nossos números para que todos possam acessar as informações necessárias”, afirmou o chefe da Polícia Civil, Fernando Sodré.
Um mutirão é realizado pelo IGP (Instituto-Geral de Perícias), a partir desta segunda-feira (11), para a confecção gratuita de carteiras de identidade para as pessoas afetadas pelas enchentes.
A força-tarefa começa em Muçum, onde 16 pessoas morreram e 30 estão desaparecidas. Em Roca Sales, cidade que registrou até o momento 11 mortes, o mutirão começa na terça-feira (12). As duas cidades foram as mais afetadas pela cheia do rio Taquari.
Muitos moradores perderam todos os documentos -inclusive as certidões de nascimento ou casamento, necessárias para a confecção do documento de identidade. Por causa disso, o IGP está em contato com cartórios para que novas certidões sejam emitidas.
Em Muçum, o posto de atendimento vai funcionar em uma sala anexa ao atendimento no Hospital Municipal. Em Roca Sales ficará no Centro de Referência de Assistência Social.
“O documento de identidade é essencial para acessar diversos serviços que a população irá necessitar para retomar a rotina”, disse o perito Maiquel Luis Santos, diretor-geral do IGP.
Nos mesmos postos montados nas duas cidades, as pessoas que tiverem familiares desaparecidos poderão fornecer amostras de material genético para exames de DNA. As amostras serão inseridas no Banco de Material Genético do IGP para comparações com a base de dados, o que pode facilitar a identificação de vítimas encontradas.
Redação / Folhapress