RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico Tite disse nesta quinta-feira (11), após vencer o Palestino pela Libertadores, que terá uma conversa com a diretoria para saber qual competição é prioridade. A ideia é definir em qual torneio os jogadores titulares serão usados e, consequentemente, poupados.
“Vamos sentar com a direção para estabelecer prioridades. É humanamente impossível trabalhar com as competições de agora, com tamanha grandeza, e ter toda a equipe se repetindo quarta, domingo, quarta e domingo”, disse o treinador.
Reação externa a isso. “Em relação à sequência, a gente vai sentar com a direção. Gostaria de dizer para o torcedor…. Ganhar tudo eu também quero. Mas é humanamente impossível. Se a gente não der prioridade a algo que é mais importante, a gente perde o planejamento”.
Tite ainda mencionou que jogadores pediram para sair por alguns incômodos físicos, como foi o caso de Varela, que sentiu cãibra, e Everton Cebolinha.
Na reta final do Carioca, o Flamengo usou força total quando pôde porque a prioridade da diretoria era o título. “O aspecto clínico tira atleta. O Flamengo não paga o preço de saúde do atleta para vencer jogo. É sentar para ver o que a direção quer. A prioridade era vencer o Carioca. Agora, é sentar também e elencar a direção, o norte, com a utilização do grupo todo”.
OUTRAS RESPOSTAS DE TITE
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DIFERENÇA DE COMPORTAMENTO ENTRE O PRIMEIRO E O SEGUNDO TEMPO
“Ela teve o aspecto emocional e físico, com a responsabilidade de fazer o placar, de saltar na tabela. Devo reconhecer uma coisa que cobrei bastante essa semana é a precisão de finalização. No outro jogo, a gente teve um declínio. Tivemos muitas oportunidades, e o goleiro adversário estava posicionado em dois lances. Foi um grande jogo no primeiro tempo, temos que reconhecer. Quando você não traduz isso, fica uma ansiedade no ar. Tem que passar por esses momentos e saber ser gelo”.
TITE BRINCA COM GOLS PERDIDO
“Penso em treinar até os 75, se não eles fizeram os gols vão me fazer parar com 63 (risos). Dá volume. Numa bola parada. Bota várias bolas, e o cara vai “tum” e empatou. Precisa traduzir isso. O plantel do Flamengo foi criado e estruturado. Eu não tenho que fazer uma coisa que eu goste. Eu tenho que adaptar”.
MAIS SOBRE A VITÓRIA
“Sabíamos que tínhamos de vencer, num jogo em que fizemos um grande primeiro tempo, com grande volume. Quando você não faz o segundo gol, começa a ficar tenso, nervoso, começa a bola parada. Equipe precisa de maturidade para jogar com pressão, como fez, e faz o segundo gol. Não queria. Queria fechar o primeiro tempo porque já merecia três ou quatro a zero. Foi pressionado no segundo tempo, mas felizmente pode definir também com trocas no segundo tempo”.
IGOR SIQUEIRA E LUIZA SÁ / Folhapress