Rio inaugura legado olímpico oito anos após os Jogos

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Quase oito anos após o fim dos Jogos Olímpicos de 2016, a Prefeitura do Rio de Janeiro inicia neste mês uma série de inaugurações do legado do evento esportivo na cidade. As entregas são conversões das arenas em equipamentos públicos, alguns em pontos diferentes dos originais, a partir da estrutura nômade dos estádios.

Na terça-feira (6), o prefeito Eduardo Paes (PSD) inaugurou dois ginásios educacionais tecnológicos em Bangu e Santa Cruz, na zona oeste, construídos a partir da estrutura da Arena do Futuro, que sediou as competições de handebol, na Barra da Tijuca, também na zona oeste.

Nesta quarta (7), ele e o presidente Lula entregaram o ginásio educacional esportivo Isabel Salgado na antiga Arena 3, também no Parque Olímpico da Barra, que recebeu as competições de taekwondo, esgrima e judô paralímpico.

“Eu quero jovem na escola. Não quero jovem na cadeia, no tráfico”, disse o presidente. “Nunca na história da Olimpíada um estádio virou uma escola. Ele foi pensado para isso”, acrescentou o prefeito.

Prefeito à época dos Jogos, Paes atribui a demora na conversão do equipamento à gestão que o sucedeu, em 2017, de Marcelo Crivella (Republicanos). O Plano de Legado Olímpico foi retomado em 2021, quando Paes reassumiu o município. Procurado, o ex-prefeito não comentou.

O destino de parte das arenas já estava definido desde a sua construção. Contudo, a previsão inicial era que a transformação da estrutura nômade durasse até dois anos.

Além das escolas em Bangu e Santa Cruz, o material da Arena do Futuro será usado para erguer outras duas unidades de ensino em Campo Grande e Rio das Pedras, também na zona oeste.

O reaproveitamento da piscina do Parque Aquático também está previsto para este ano. Ela será montada no Parque Oeste, espaço em construção em um terreno de mais de 234 mil metros em Inhoaíba, outra localidade na zona oeste.

A prefeitura também utilizou material de aço do antigo Centro de Mídia na construção do Terminal Intermodal Gentileza, no centro, que vai integrar VLT e ônibus do corredor Transbrasil. O Velódromo, que também está localizado no Parque Olímpico, receberá o Museu Olímpico.

As Arenas Carioca 1 e 2 e o Centro Olímpico de Tênis estão sob gestão do governo federal e sediam competições esportivas. Em nota, o Ministério dos Esportes informou gastar todo ano R$ 20 milhões com a manutenção do Parque Olímpico da Barra.

A área de circulação do Parque Olímpico ainda está em obras para sua destinação final pós-Jogos. A prefeitura está construindo uma instalação pública com mais de 900 árvores e 16 mil arbustos, quadras esportivas, praças, área reformada de skate park, praça molhada e pisos coloridos, a ser inaugurada no primeiro semestre de 2024.

Apesar de atribuir ao antecessor o atraso na destinação do legado, Paes também não conseguiu concretizar seus planos iniciais para o Parque Olímpico, de concedê-lo à iniciativa privada. Ele encerrou o mandato sem uma definição clara sobre a gestão do espaço, que passou para as mãos do governo federal durante a gestão Crivella.

O objetivo inicial era que a Arena 1 fosse usada por um concessionário privado para realização de eventos. O edital de licitação, porém, não teve interessados.

No Parque Radical de Deodoro, a piscina em que houve a disputa de canoagem slalom continua sendo aberta para o público. Ela é usada para este fim desde 2015, quando foi inaugurada antes dos Jogos. A pista de BMX, porém, continua abandonada.

ITALO NOGUEIRA / Folhapress

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