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Análise de câmeras corporais usadas na operação no Rio leva à prisão de cinco PMs

Segundo a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio, imagens contém indícios do furto de um fuzil

Durante operação da policia contra o Comando Vermelho, bandidos ordenaram fechamento de comércio e usaram lixeiras incendiadas para bloquear a via na rua Itapiru, no Catumbi. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Durante operação da policia contra o Comando Vermelho, bandidos ordenaram fechamento de comércio e usaram lixeiras incendiadas para bloquear a via na rua Itapiru, no Catumbi. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Cinco policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque foram presos nesta sexta-feira (28) por suspeita de envolvimento em crimes durante a Operação Contenção, deflagrada em outubro no Rio de Janeiro. As prisões ocorreram após a análise das imagens registradas pelas câmeras operacionais utilizadas pelos agentes. A ação é conduzida pela Corregedoria-Geral da PM.

Além deles, outros cinco policiais são alvo de mandados de busca e apreensão. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, as investigações estão sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que identificou indícios de crimes militares durante a operação nos complexos da Penha e do Alemão.

Em nota, o comando da corporação afirmou não compactuar “com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (CDDHC), que acompanha a ação da Corregedoria, informou que as imagens das câmeras corporais apontam indícios do furto de um fuzil, possivelmente destinado à revenda para criminosos. A informação foi divulgada pela presidente da comissão, deputada Dani Monteiro (PSOL).

A parlamentar destacou que a comissão atuou no local onde a megaoperação foi deflagrada, colhendo denúncias e acompanhando famílias. A CDDHC enviou ofícios aos órgãos competentes, solicitando transparência e a preservação de provas.

O material levantado pela comissão foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 635), conhecida como ADPF das Favelas. O conteúdo foi entregue em uma reunião no início deste mês, em Brasília.

Megaoperação

No início de novembro, a Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro divulgou um relatório no qual aponta possíveis violações de direitos humanos durante a megaoperação. O documento inclui relatos de moradores.

Entre os depoimentos, familiares afirmam que pessoas inocentes foram mortas ou presas. Além disso, mulheres relataram que foram assediadas por policiais. A Ouvidoria Geral é um órgão externo à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. 

A Operação Contenção deixou 122 mortos e é considerada a mais letal da história do país, superando o Massacre do Carandiru. A ação policial tinha como objetivo capturar lideranças do Comando Vermelho e conter o avanço da facção criminosa. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, segue foragido.

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