Por Maurício Mansur, especialista em marketing e inovação
Em um mundo cada vez mais dominado pela inteligência artificial, duas palavras emergem como as queridinhas de 2023: “Rizz” e “Authentic”. Escolhidas como palavras do ano de 2024 pelos renomados dicionários Oxford e Webster, esses termos, apesar de parecerem diferentes, capturam a essência do que ainda nos distingue como seres humanos.
Oxford define “rizz” como uma expressão de carisma, charme e atratividade. Em uma era onde algoritmos e máquinas prevalecem, o rizz é aquele charme que não pode ser baixado, instalado ou atualizado; é a faísca humana que não pode ser codificada. Seja em um sorriso caloroso em meio a uma videoconferência, na habilidade de inspirar uma equipe com palavras genuínas, aquele olhar indistinguível ou uma tirada inesperada, o rizz é o toque humano que eleva o ordinário ao extraordinário. Ele nos lembra que, apesar do avanço tecnológico, a capacidade de conectar-se emocionalmente com outros ainda é uma habilidade inestimável.
Por outro lado, Webster escolheu “authentic” para destacar a importância da autenticidade. Em um mundo saturado de informações, fakes, deep fakes e milhares de filtros nas mídias sociais, ser autêntico é um ato de rebeldia. Marcas que abraçam a autenticidade se conectam mais profundamente com seu público, assim como pessoas que ousam ser vulneráveis e genuínas. A autenticidade, assim, torna-se um símbolo de confiança e integridade em uma era de realidades digitais.
Curiosamente, rizz e authentic são duas faces da mesma moeda. O carisma sem autenticidade não se sustenta, enquanto a autenticidade sem carisma pode passar despercebida. Juntas, essas qualidades criam uma presença magnética e confiável, seja no mundo dos negócios, na vida pessoal ou nas interações sociais.
À medida que avançamos na era da inteligência artificial, rizz e authentic nos lembram da importância de manter nossa humanidade. O sucesso profissional e a satisfação pessoal só serão alcançados por aqueles que conseguirem atingir um equilíbrio entre os avanços tecnológicos e as qualidades do espírito humano.
Porque, no fim do dia, quem não adora uma boa risada e uma conversa genuína?
