SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ex-conselheira para migração da Casa Branca, a americana Amy Pope se tornou nesta segunda-feira (15) a nova chefe da OIM (Organização Internacional para a Migração das Nações Unidas) -tornando-se assim a primeira mulher a assumir o cargo, cujo mandato é de cinco anos.
Pope ganhou uma eleição apertada contra o português António Vitorino, no comando da entidade desde 2018. Os dois chegaram inclusive a trabalhar juntos: ele era chefe da americana até o ano passado, antes de ela tirar uma licença de sua função como diretora-assistente para Gestão e Reforma da OIM para fazer campanha.
No início deste ano, aliás, Vitorino afirmou que a competição de uma subordinada com um diretor-geral em exercício era “uma inovação”. Na época, o experiente político -que é próximo do secretário-geral da ONU, António Guterres, seu compatriota- disse contar com o “forte incentivo” da União Europeia para permanecer no cargo.
Além da experiência na própria OIM, Pope tem uma longa carreira na área em seu país natal. Em 2021, ela foi conselheira sênior de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Antes, ocupou cargos relacionados à migração em governos democratas: foi diretora sênior em segurança transfronteiriça de 2013 a 2015, no primeiro mandato de Barack Obama, e conselheira assistente de segurança interna de 2015 a 2017, no segundo mandato do mesmo presidente.
Sua vitória faz a chefia da agência voltar para as mãos dos EUA depois do período de exceção representado pela gestão Vitorino. Em nota, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, comemorou a vitória. “Como maior doador bilateral da OIM, os EUA apoiam fortemente a visão de Pope e espera poder trabalhar com ela para implementar as reformas necessárias para criar uma OIM mais inclusiva e eficaz”, afirmou.
No Twitter, Pope agradeceu a todos os 175 Estados-membros que integram a entidade pela oportunidade. “Estou pronta para trabalhar com TODOS os nossos países-membros e parceiros globais”, escreveu.
Redação / Folhapress