Perícia da PF vê sinais de que Roberto Jefferson premeditou ataque a policiais

Brasília - Presidente Nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, fala à imprensa (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília – Presidente Nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, fala à imprensa (Valter Campanato/Agência Brasil)

A perícia realizada nas últimas horas pela Polícia Federal sinalizou indícios de que Roberto Jefferson (PTB) orquestrou os ataques violentos que fez contra o delegado e agentes que foram à sua casa no último domingo (23) cumprir uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A suspeita da Polícia Federal é a de que o ex-deputado, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), organizou o cenário após sua filha ter, na sexta (21), divulgado nas redes sociais vídeo em que ele xinga Cármen Lúcia, ministra do STF, associando-a a termos como “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas”.

O laudo da perícia ficará pronto nos próximos dias, não há prazo para a entrega do documento. A investigação  tenta, neste momento, identificar se Jefferson fez o vídeo intencionalmente para provocar sua prisão ou se a premeditação ocorreu após a repercussão.

Entre os elementos encontrados, está a fita adesiva utilizada nas granadas e um tripé para gravação de imagens. A perícia também encontrou marcas de 60 tiros de fuzil. Em depoimento, o político citou mais de 50, além de três granadas.

O ex-deputado foi preso novamente neste domingo (23) depois de disparar tiros e atirar granadas contra policiais federais que foram à sua casa cumprir ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele feriu dois policiais e foi indiciado sob suspeita de quatro tentativas de homicídio contra policiais.

Roberto Jefferson foi preso em razão de descumprimento de medidas impostas pelo STF em uma ação penal em que ele é réu sob acusação de calúnia, incitação ao crime de dano contra patrimônio público e homofobia.

Em um primeiro momento, o presidente Jair Bolsonaro criticou tanto a reação de Jefferson como as decisões do STF. Horas depois, após a repercussão do caso, mudou a postura e passou a chamar o aliado de “bandido” e prestou solidariedade aos policiais feridos.

 

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