O Ministério da Defesa russo admitiu a utilização de uma plataforma para disparo de bombas termobáricas, também conhecidas como bombas de vácuo, contra alvos ucranianos. A informação partiu do Ministério da Defesa britânico, numa publicação no Twitter.
The Russian MoD has confirmed the use of the TOS-1A weapon system in Ukraine. The TOS-1A uses thermobaric rockets, creating incendiary and blast effects.
Watch the video below for more information about this weapon and its devastating impact.
🇺🇦 #StandWithUkraine🇺🇦 pic.twitter.com/d8PLQ0PhQD
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) March 9, 2022
Esse tipo de arma, ao ser acionada, suga o oxigénio do ar em seu entorno para gerar uma explosão de alta temperatura, evaporando tudo o que está em sua volta. Qualquer pessoa atingida na explosão inicial é imediatamente vaporizada. Qualquer pessoa apanhada na área circundante receberia ferimentos internos graves causados pela onda de choque, que destrói órgãos e faz explodir os pulmões.
As armas termobáricas, desenvolvidas na década de 1960, foram utilizadas durante a Guerra do Vietnã. Na última semana, a Rússia tem sido acusada de usar esse tipo de artefato. A explosão de uma refinaria de petróleo em Okhtyrka, na região de Sumy, na segunda-feira, 7, teria sido causada por uma arma do tipo.
Mariupol. Direct strike of Russian troops at the maternity hospital. People, children are under the wreckage. Atrocity! How much longer will the world be an accomplice ignoring terror? Close the sky right now! Stop the killings! You have power but you seem to be losing humanity. pic.twitter.com/FoaNdbKH5k
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 9, 2022
O governo ucraniano acusou o Exército russo, no início da tarde desta quarta-feira, 9, de executar um bombardeio contra uma maternidade em Mariupol, cidade portuária considerada fundamental para o avanço dos invasores. A Rússia ainda não comentou o caso.
Os Estados Unidos e o Vaticano condenaram o bombardeio. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pelas redes sociais, classificou o ataque como “atrocidade”. Além disso, voltou a pedir o fechamento do espaço aéreo ucraniano.
Vítimas civis – A Organização das Nações Unidas informou, nesta quarta-feira, 9, que foram confirmadas 1.424 vítimas civis desde o início do conflito na Ucrânia, há duas semanas. São 516 mortos e 908 feridos. A ONU estima, no entanto, que os números reais sejam “consideravelmente mais altos”. A maioria das mortes de civis foi causada por armas explosivas, incluindo bombardeios e ataques aéreos e de mísseis. Apesar dos números, a Rússia nega ter civis como alvo nos ataques à Ucrânia.
Da Redação