Vídeo | Comerciante afronta Guarda Civil e afirma que não irá fechar sua loja no centro

Momento em que o comerciante discute com os guardas da fiscalização - Foto: Reprodução

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um comerciante, identificado como Eduardo Cornélio, afrontando a Guarda Civil Metropolitana, que fazia o trabalho da fiscalização. Irritado, o comerciante foi obrigado a lacrar sua loja de roupas, que descumpria com o decreto do Plano São Paulo, já que somente serviços essenciais podem funcionar na cidade.

O caso aconteceu no início da tarde de ontem, segunda-feira (6), em um comércio de roupas femininas, localizado na rua Florêncio de Abreu, no centro de Ribeirão Preto.

“Chega dessa palhaçada, eu não vou fechar, eu tenho minhas contas pra pagar, eu tô com ordem de despejo. Vocês estão aqui defendendo o dinheiro de vocês, e eu estou aqui defendendo o meu. Só saio daqui algemado” afirma o comerciante durante trecho do vídeo.

Um Boletim de Ocorrência contra o comerciante o acusa de lesão corporal, infração de medida sanitária preventiva e desacato. O comerciante publicou uma nota de esclarecimento em suas redes sociais, onde afirma que irá manter a loja aberta, mesmo após a notificação da fiscalização.

“Nossa loja está e vai continuar aberta porque nenhum político maldito nos ajudou a sobreviver até o momento, não vamos fechar o nosso negócio e nem viver de esmola, quem pode ficar em casa, fique em casa, mas nós do pequeno comércio não podemos mais”, diz trecho da nota publicada em uma rede social na noite de ontem, segunda-feira (6).

As fiscalizações da Guarda Civil e a aplicação de multa para indivíduos sem máscara são as formas que a Prefeitura de Ribeirão Preto encontrou para o controle da disseminação do vírus no município. A medida acontece desde que o governador do Estado retrocedeu a cidade dentro do Plano São Paulo, que avalia a situação de cada município, permitindo ou não a reabertura gradual de atividades específicas. Na zona laranja, por exemplo, Ribeirão Preto podia abrir comércios e shoppings. Na zona Vermelha, apenas serviços essenciais podem funcionar, enquanto o restante precisa encontrar outras formas de sobreviver.

Um protesto está previsto para acontecer em frente ao Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. A ação está marcada para as 11:45, e a situação atual do comércio será o tema da manifestação.

Prefeitura

Através de uma nota oficial, a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto afirmou que a loja foi lacrada pelo Departamento de Fiscalização Geral, e que o caso será encaminhado para o Ministério Público.

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