“Não é hora de dar razão para um ou outro, estamos diante de uma possibilidade de massacre”, afirma especialista.

A frase é do professor de Relações Internacionais do Ibmec, Lier Pires Ferreira, em entrevista ao “Jornal Novabrasil”, apresentado pelo jornalista Heródoto Barbeiro.

O especialista comenta sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que se reuniu ontem em Nova York, nos Estados Unidos, para discutir o conflito entre Israel e Hamas.

Ele avalia como malconduzida a reunião entre os representantes, quando se fala em um contexto de nações unidas.

Entre as falas problemáticas do encontro, Lier destaca a de Eli Cohen, ministro das Relações Exteriores de Israel: “Disse que Hamas é o novo nazismo, evocando a imagem do holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. São imagens muito fortes que colocam ainda mais lenha em uma fogueira já bastante grande.”, avalia o professor.

Até o momento, a estimativa é de que a guerra tenha deixado aproximadamente 6,500 mortos. No total, são pouco mais de 5.087 palestinos e 1.403 vítimas israelenses.

Devido a intensidade do confronto, Lier ressalta a importância de um compromisso de paz entre os envolvidos:

“Que permita, não apenas a evacuação dessa área por parte da população civil, mas também aquela parcela da população civil que vem sofrendo com as repercussões tanto das ações do Hamas sobre Israel, quanto das respostas de Israel sobre a Faixa de Gaza.”

Durante a entrevista, ele comenta o momento de tensão na Faixa de Gaza:

“A população na Faixa de Gaza está sofrendo não só pelos ataques de Israel, mas também pela falta de água, de comida, de combustível, pela destruição da estrutura básica, como energia e saneamento básico. As agências internacionais, como a ONU, já relatam doenças e uma série de endemias em função dessas destruições que estão sendo feitas. ”.

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) informou nesta quarta-feira (25) que o combustível na Faixa de Gaza deve acabar ainda hoje.

O recurso é considerado essencial para abastecer geradores de hospitais ali na região.

Juliette Touma, a diretora de comunicações da Agência da ONU para refugiados palestinos, também revelou que a entidade precisa de combustível para suas operações no território palestino e, se não houver abastecimento até a noite de quarta-feira, o atendimento será interrompido

Ela também diz que 600 mil pessoas estão abrigadas em 150 instalações da agencia em Gaza, o número é quatro vezes maior que a capacidade máxima que o local abriga.

A Assembleia Geral da ONU vai se reunir na próxima quinta-feira (26), às 11h (horário de Brasília), em reunião extraordinária para retomar o debate sobre o conflito no Oriente Médio.

O encontro acontece após o Conselho de Segurança não ter chegado a um acordo sobre a resolução do conflito.

Participam da reunião todos os 193 estados-membros da ONU, além de observadores, como a Autoridade Palestina.

Confira a entrevista completa com o jornalista Heródoto Barbeiro:

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