Eduardo Leite busca aproximação com PSDB de SP em evento esvaziado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um jantar marcado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para se aproximar do PSDB de São Paulo nesta quarta-feira (26) contou com a presença de apenas seis prefeitos e foi considerado uma derrapada de articulação política para o grupo do atual presidente do partido tucano. Ao todo, cerca de 30 pessoas compareceram.

Leite e o PSDB de São Paulo tiveram rusgas nos últimos anos, quando o governador e seus aliados disputaram o comando do partido e a candidatura à Presidência com João Doria.

Mais recentemente, as partes se desentenderam a partir de conversas internas de que o governador gaúcho faria intervenção nos diretórios estaduais e municipais para colocar aliados.

Após ter deixado o comando do Governo de São Paulo, à frente do qual esteve ao longo de 28 anos, o PSDB tem sofrido com a saída de diversos mandatários municipais, que têm migrado para partidos da órbita do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na reunião desta quarta, Leite fez um discurso em que tentou descartar esses boatos e disse que quer fazer um movimento de união interna no PSDB.

Raquel Chini (Praia Grande), Duarte Nogueira (Ribeirão Preto), Ademário Oliveira (Cubatão), Izaias Santana (Jacareí), Marcos Neves (Carapicuíba) e Paulo Serra (Santo André), articulador político de Leite em São Paulo, estiveram no jantar, além de ex-prefeitos e parlamentares.

Inicialmente, a ideia era a de chamar prefeitos das 12 maiores cidades administradas pelo PSDB. Depois o convite foi expandido para alguns outros municípios, como Cubatão e Jacareí.

O senador Tasso Jereissati (CE), que é próximo do governador gaúcho, também participou.

Em conversas privadas, houve trocas de indiretas. Aliados de Leite disseram que o partido foi muito prejudicado por não ter lançado uma candidatura à Presidência e criticaram suposta desorganização da sigla em São Paulo. Foram rebatidos por representantes paulistas, que afirmaram que muitos dos presentes contribuíram para que a campanha tenha sido abortada por Doria e seu grupo.

“Foi uma reunião importante, o governador sinalizou abertura e disse que vai respeitar os processos e tomadas de decisão dos diretórios estaduais e municipais”, diz Fernando Alfredo.

GUILHERME SETO / Folhapress

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