A morte de três crianças em São Joao Del Rei, em Minas Gerais, está sendo investigada e uma das hipóteses é a contaminação por uma bactéria.
Por isso, a prefeitura local decidiu pelo fechamento das escolas municipais até o dia 5 de novembro. As autoridades disseram que as instituições passarão por uma desinfecção e limpeza generalizada.
As vítimas são três crianças, de 3, 9 e 10 anos de idade e o caso está em investigação.
O que é essa bactéria?
A bactéria Streptococcus Pyogenes, conhecida como estreptococo do grupo A, pode causar várias infecções em seres humanos, incluindo faringite, amigdalite, infecções de pele e complicações graves, como febre reumática e glomerulonefrite, se não for tratada adequadamente.
Em entrevista ao “Jornal Novabrasil”, o pediatra, infectologista e colunista da rádio, Dr. Renato Kfouri, diz que é comum crianças se contaminarem com a Streptococcus e é difícil da bactéria gerar casos graves: “As complicações mais comuns não são de formas graves, em casos muito raros acontece uma disseminação pelo corpo todo através do sangue, por uma toxina da bactéria.”
Desta forma, trata-se de uma bactéria comum, de fácil contágio e dificilmente letal. Os sintomas mais comuns são dor de garganta e febre.
O especialista comenta que a manifestação pode acontecer em forma de surtos, como é o caso da suspeita em Minas Gerais.
Kfouri também ressalta que a Streptococcus não é só comum no Brasil, ano passado houve casos em outros lugares do mundo, como nos Estados Unidos, na Franca e na Irlanda.
O médico também conta que: “Muitas crianças são portadoras desta bactéria e ficam sem adoecer. Quando acontece a transmissão, há pessoas que estão com alguma fragilidade imunológica e pode causar sintomas, até mais graves.”
Se diagnosticada rapidamente, pode ser tratada sem grandes complicações. De acordo com o médico, o tratamento é feito a base de penicilina, com exceção das formas mais graves, que só o antibiótico não resolve.
O Dr. Renato também diz que é sempre importante ter acompanhamento médico após o surgimento dos primeiros sintomas.
Confira a entrevista completa com o jornalista Heródoto Barbeiro: