Especialistas se manifestam contra a legalização do cigarro eletrônico no Brasil

Cigarros eletrônicos contêm nicotina, que provoca dependência, alertam especialistas (Foto: Divulgação)

No Nova Manhã, o infectologista Renato Kfouri comentou o posicionamento de especialistas e entidades médicas contra a proposta de legalizar e regulamentar o comércio de cigarros eletrônicos no Brasil. Segundo ele, é errada a ideia de que esse dispositivo seja menos prejudicial – ou um “estágio” para auxiliar dependentes do cigarro convencional a parar de fumar.

“Esses dispositivos não têm nada de bonzinhos, de inócuos. Eles contêm nicotina, que é o principal causador da dependência química. Sem falar nos problemas que outras substâncias, ao serem aquecidas, provocam, como fibrose no pulmão”, afirmou.

Hoje, os chamados “dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs)” são proibidos em todo o país pela Resolução n°46 de 2009 da Anvisa.

Para Renato Kfouri, as iniciativas para liberar esses dispositivos também desconsideram todos os gastos que o país terá com Saúde para tratar os jovens e adultos que voltarão a fumar.

Kfouri lembrou que, com as políticas públicas implementadas a partir dos anos 1990, a exposição ao fumo no Brasil caiu. “Chegamos a 45% [de fumantes] dos homens e 28% das mulheres. Hoje, temos menos de 10% de fumantes na população”, disse ele, alertando que regularizar o cigarro eletrônico vai representear um retrocesso.

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