Israel anuncia ajuda humanitária no sul de Gaza

Israel anunciou hoje a criação de uma zona humanitária no sul da Faixa de Gaza onde será fornecida ajuda internacional.O anúncio foi feito no dia seguinte ao ataque a um hospital na cidade de Gaza, que deixou centenas de mortos, e também após intensas negociações envolvendo o Egito, Estados Unidos e brasil, que neste mês presidente o Conselho de Segurança da ONU.

O governo israelense, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pediu para os palestinos irem para Al-Mawasi, perto de Khan Younis, onde será criada uma zona onde “a ajuda humanitária internacional será fornecida conforme necessário”.

Também foi renovado o apelo aos palestininos na parte norte da Faixa de Gaza para que migrem para o sul, uma vez que os militares alertaram que em breve irão atacar fortemente a área.

Em meio à troca de acusações entre Israel, Hamas e a reação de palestinos e países árabes ao ataque ao hospital em Gaza, o exército israelense fez novos bombardeiros nesta madrugada em operações aéreas contra dois bairros de um campo de refugiados no norte de Gaza. No centro de Gaza, uma padaria foi atingida.Pelo menos 40 pessoas teriam morrido nos ataques de hoje.

As Forças Armadas de Israel divulgaram hoje imagens aéreas que mostram qual teria sido a trajetória de míssil cuja interceptação levou à explosão no Hospital Árabe al-Ahli, em Gaza. As autoridades militares do país atribuem a investida ao grupo extremista Jihad Islâmica, que nega participação.

Após postar um vídeo que supostamente mostrava o momento do ataque ao hospital Ahli Arab, na Faixa de Gaza, as Forças de Defesa de Israel retiraram as imagens de suas redes. O objetivo inicial era provar que o país não tinha sido o responsável pela explosão que matou centenas de pessoas, acusando o grupo extremista Jihad Islâmica.

Segundo o jornal “The New York Times”, o vídeo foi retirado das redes sociais por conta de diferenças entre o horário do ataque e o mostrado nas imagens. Em relação ao número de mortos no ataque ao hospital, que começou com 200 e depois foi a 500, não há, até o momento, uma fonte independente que possa confirmar quantas pessoas de fato morreram.

O ataque ao hospital Ahli Arab afetou diretamente os planos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de tentar acalmar a situação no Oriente Médio e evitar que outros países entrem na guerra entre Israel e Hamas. Biden chega hoje a Israel para encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele também teria reuniões na Jordânia com o rei Abdullah II e os presidentes do Egito, Abdel Al-Sisi e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Mas os líderes árabes cancelaram o encontro após a repercussão do ataque ao hospital em Gaza.

Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU vai analisar hoje o projeto de resolução elaborado pelo Brasil sobre o conflito no Oriente Médio. O texto pede pausas humanitárias na troca de agressões entre Israel e o grupo Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza.A análise da proposta da presidência do Conselho, que neste mês está sendo exercida pelo Brasil, estava prevista para ontem.Também deverá ser discutido hoje o ataque ao hospital em Gaza, que deixou centenas de mortos. Lembrando que hoje, como já informamos, Israel anunciou a criação de uma zona humanitária na Faixa de Gaza.

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