8 de janeiro: custo do vandalismo ao patrimônio pode chegar a R$ 21mi

Vândalos invadem o Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Vândalos invadem o Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente nacional do Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Leandro Grass, declarou em entrevista ao jornalismo da Novabrasil, que, um ano depois, o custo dos reparos dos atos golpistas ainda é impreciso. Segundo ele, há elementos que foram adquiridos depois do dia 8 de janeiro e é difícil estipular um preço, pois muitas ações foram voluntárias ou parcerias institucionais dentro do próprio governo, mas a estimativa é de que o valor passe dos 20 milhões de reais.

As invasões dos vândalos ao Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal representam um marco histórico no país e é necessário que seja relembrado para que não se repita, diz Leandro Grass: “Deixa seus rastros e seus desafios, o desafio de fortalecimento à democracia, todos os dias.”.

O especialista também vê como um desafio mostrar a importância patrimonial das instituições que foram danificadas nos atos: “Esse ato de 8 de janeiro também simboliza esse distanciamento da população do que é o patrimônio, do que é a praça, do que são os edifícios, isso é nosso, isso é da população, quem ajuda a sustentar isso tudo é o povo brasileiro. Portanto, destruir o que é nosso é um ato de auto eliminação e de auto prejuízo.”.

Leandro Grass conta que, ao longo de todos esses anos, a praça nunca sofreu uma restauração completa, apenas reparos e retoques, mas há novos projetos em andamento: “Neste momento, existe um projeto elaborado pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal e eu tenho dialogado com o secretario Claudio Abrantes, para que esse projeto chegue ao Iphan já detalhado e o Iphan possa aprovar.”.

A Presidência da República estabeleceu uma parceria com o Iphan e com a Universidade Federal de Pelotas para unir esforços e concluir a reforma: “Nós vamos ter um laboratório de conservação instalado lá no subsolo na capela do Alvorada, para a recuperação de algumas peças como a tela de Di Cavalcanti, que foi perfurada pelos criminosos. ”, diz o presidente do Iphan. As restaurações dos danos causados pelos vândalos ainda não foram concluídas, há peças a serem recuperadas.”.

Uma das responsabilidades do Iphan é de orientar e dar suporte aos projetos de restauração da Praça dos Três Poderes, além de produzir relatórios e aprovar as propostas da reforma. É importante que haja a fiscalização do Iphan para garantir que esses projetos não desfigurem e não descaracterizem os valores culturais arquitetônicos, que levaram a praça a ser um bem tombado.

Confira a entrevista completa com os apresentadores Roberto Nonato e Raphael Thebas:

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