A Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgaram, nesta sexta-feira (31), o balanço mais recente da Operação Contenção, considerada a maior e mais letal já realizada no estado. Segundo as pastas, 20 dos 100 mandados de prisão foram cumpridos. Além disso, ao menos outras 15 pessoas que eram alvos dessas ordens judiciais foram mortas durante a ação.
O governo estadual não divulgou detalhes sobre o que aconteceu com as outras 80 pessoas – elas podem estar na lista de mortos, ter fugido ou não ter sido encontrados. Ao todo, a operação resultou em 113 prisões. De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, as demais prisões foram feitas em flagrante e todas foram mantidas após audiência de custódia.
O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, continua foragido. Ele é apontado como o principal chefe do Comando Vermelho em liberdade. Na hierarquia da facção, ele está logo abaixo de Fernandinho Beira-Mar, preso há 24 anos, e Marcinho VP, preso há 31 anos.
Entre as prisões consideradas mais relevantes pelas autoridades está a do operador financeiro de Doca. Além disso, foram apreendidos HDs e outros materiais ligados ao grupo e que vão contribuir para a investigação sobre lavagem de dinheiro do Comando Vermelho, conforme informou o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos.
Do total de 121 pessoas mortas, 99 foram identificadas até o momento. De acordo com Curi, dos mortos, 78 tinham “extenso histórico criminal” e 42 possuíam mandado de prisão pendente. Ainda não há confirmação se esses mandados foram expedidos especificamente para esta operação ou em ações anteriores. Vale ressaltar que esse número pode aumentar conforme o envio de informações de outros estados.
A identificação dos corpos tem sido dificultada, segundo as autoridades, porque parte dos mortos veio de outros estados. Até agora, foram reconhecidas pessoas oriundas do Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
O secretário de Segurança Pública do Rio afirmou que entre os mandados, 70 eram da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) e 30 eram da Polícia Civil do Pará.
“Dos 30 mandados do Pará, 5 se entregaram e 15 morreram. Restam 10. Desses 20 [que foram presos] a gente precisa comprovar a identidade. Mesmo os presos usam documento falso. Armas foram apreendidas, precisamos de peritos para poder rastrear”, disse Santos.
O policiamento nas regiões dos complexos do Alemão e da Penha segue reforçado após a operação.
*Com informações de Agência Brasil



