Iniciativa privada e projeto social criam serviço para atender os “sem-CEP”

Correios e outros serviços não entregam encomendas em áreas de risco

O número de pessoas que fazem compras on-line no Brasil cresceu 6 % no primeiro semestre de 2023, chegando a 53 milhões. No entanto, muitos brasileiros não têm como receber as mercadorias, por falta do que os especialistas chamam de “cidadania postal”. São os chamados “CEPs bloqueados”, localidades com alto índice de violência e que não são atendidas pelos Correios e outros serviços de entrega.

Há também locais que simplesmente não têm CEP, caso de muitas comunidades no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O colunista do Nova Manhã, Aluizio Falcão Filho, fundador do portal Money Report, lembra que “sem a cidadania postal, um cidadão não consegue preencher uma ficha para obter um emprego, pois há um campo específico para o endereço do candidato, com o respectivo código de endereçamento postal”.

Ele também chama a atenção para projetos que trabalham para atender os “sem-CEP”. É o caso do Favela Llog, criado pelo empresário Luciano Luft em associação com a Favela Holding, capitaneada por Celso Athayde. Operando há 14 meses, a Favela Llog atende 5.190 CEPs. No ano que vem, a iniciativa deve atingir 13 mil códigos postais, com vinte a trinta novas bases, distribuídas por todo o país.

Para Aluizio Falcão, iniciativas assim mostram o quanto a iniciativa privada tem a contribuir para reduzir nossos problemas sociais.

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