“Turbinar” o currículo prejudica a imagem do candidato, diz consultor

Pesquisa nos EUA aponta as mentiras que candidatos contam nos currículos

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela ResumeLab apontou que candidatos mentem em seus currículos na busca por vagas de emprego. O levantamento, com quase 2 mil participantes, descobriu que os trabalhadores contam mentiras durante todo o processo de candidatura, que elas aumentam nas cartas de apresentação e atingem o pico nas entrevistas de emprego.

Segundo o estudo, 70% dos trabalhadores confessaram já ter mentido em seus currículos, sendo que 37% admitem que mentem com frequência. As principais mentiras foram:

– embelezar títulos de cargos e responsabilidades em geral (52%);

– exagerar o número de pessoas gerenciadas (45%);

– exagerar no emprego (37%).

Para o consultor Rodrigo Vianna, CEO da Mappit e co-fundador do Talenses Group, há semelhanças entre as mentiras contadas pelos americanos e por candidatos brasileiros. Uma delas é não informar com precisão as responsabilidades assumidas em empregos anteriores. “Existem muitas diferenças entre participar, liderar e construir um projeto”, disse ele, em entrevista ao Nova Manhã.

Outra similaridade é dar informações incompletas ou inverídicas sobre cursos que o candidato fez.

Os brasileiros também costumam “inflar” seus conhecimentos de idiomas. “Muita gente exagera no currículo, afirmando que tem proficiência em determinada língua. E, quando o recrutador faz um teste durante a entrevista, a pessoa passa por uma saia justa”, afirmou Vianna.

Ele contou que os recrutadores e consultores podem checar as informações do currículo, telefonando para antigos empregadores, por exemplo. E, se for constatada a mentira, a imagem do candidato é prejudicada.

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