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As 7 obras mais populares de José Lins do Rego

Poucos escritores brasileiros conseguiram capturar o espírito de uma região com a mesma intensidade de José Lins do Rego. Nascido na Paraíba e profundamente marcado pelas paisagens e dramas do Nordeste açucareiro, o autor se destacou como um dos pilares do romance regionalista do século 20.

Veja também:

Sua obra traz dilemas sociais, afetos familiares, tensões raciais e transformações econômicas

As 7 obras mais populares de José Lins do Rego

1. Menino de Engenho (1932)

Divulgação

Publicado em 1932, esse romance de estreia lançou José Lins ao cenário literário nacional. Narrado em primeira pessoa, o livro acompanha Carlos, um menino órfão que vai viver num engenho comandado pelo avô.

A obra expõe as contradições do sistema patriarcal, do racismo estrutural e da decadência dos engenhos. Segundo estudos da UFPB e análises da Casa Rui Barbosa, o livro é considerado o mais lido do autor, constantemente presente em currículos escolares.

2. Doidinho (1933)

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Continuação de “Menino de Engenho”, “Doidinho” narra a infância e adolescência de Carlos em um internato. O foco aqui é a repressão escolar, os conflitos emocionais e as primeiras crises de identidade.

É uma obra de transição, com forte apelo psicológico e social, e foi adaptada para a televisão na década de 1970. É também um dos títulos mais vendidos da série autobiográfica do autor, conhecida como “Ciclo da cana-de-açúcar”.

3. Bangüê (1934)

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Terceiro volume da série, “Bangüê” aprofunda o declínio do engenho e a crise existencial de Carlos, agora mais velho. A crítica enxerga neste romance o momento em que José Lins abandona a idealização da infância e encara com maturidade os limites do patriarcado rural. Já foi citado como uma das obras-primas do regionalismo brasileiro.

4. Fogo Morto (1943)

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“Fogo Morto” não faz parte do ciclo autobiográfico. Nele, o autor constrói três personagens simbólicos para mostrar o colapso do mundo patriarcal no interior da Paraíba.

O livro é uma crítica à aristocracia decadente e foi apontado como “um dos maiores romances do Brasil moderno”. Também foi adaptado para minisséries e segue como leitura obrigatória em muitos vestibulares.

5. Moleque Ricardo (1935)

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O quinto livro do ciclo autobiográfico foca na amizade de Carlos com Ricardo, jovem negro e trabalhador do engenho. Aqui, José Lins aborda com mais ênfase as desigualdades raciais e as estruturas sociais excludentes. Apesar de menos estudado na crítica literária que os anteriores, “Moleque Ricardo” é muito adotado em escolas e clubes de leitura por seu valor pedagógico.

6. Usina (1936)

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“Usina” mostra o choque entre o velho engenho e a modernização industrial. É um romance marcado pela mudança: o avanço das máquinas, o declínio das figuras patriarcais, a nova configuração de poder. Compõe um dos momentos mais fortes da crítica social na literatura de Lins do Rego.

7. Pedra Bonita (1938)

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Inspirado no movimento messiânico de Caldeirão, no Ceará, “Pedra Bonita” revela o lado místico e popular do Nordeste, com elementos do cangaço e das crenças religiosas. A obra tem um ritmo mais dramático e foi adaptada para o cinema em 1986. Seu sucesso se deu tanto entre leitores quanto em circuitos acadêmicos interessados em narrativas sobre fanatismo e movimentos populares.

José Lins do Rego ainda fala de nós

A força de José Lins do Rego está na sua capacidade de transformar experiências regionais em literatura universal. Seus livros, embora ambientados num Nordeste marcado pelo patriarcalismo e pela desigualdade, trazem questões urgentes do Brasil de hoje: o racismo, a perda de referências afetivas, a modernização excludente, a luta por identidade.

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