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Cinco músicos negros para embalar sua playlist

A música brasileira vive um novo ciclo de renascimento negro. As vozes, os corpos e as mentes negras voltam a ocupar o espaço que lhes foi negado durante décadas na indústria fonográfica, não apenas como intérpretes, mas como autores, produtores e protagonistas.

Se nos anos 1970 o país vibrou com a poesia de Milton Nascimento e a ousadia de Gilberto Gil, hoje uma geração inteira reafirma que ser negro e fazer música no Brasil é também um ato político e artístico de resistência. Essa nova leva de artistas ultrapassa gêneros e fronteiras, misturando o orgânico e o digital, o samba e o R&B, o tambor e o sintetizador.

Liniker

Entre esses nomes, a força de Liniker se impõe com brilho próprio. Nascida em Araraquara, ela transformou vulnerabilidade em coragem e, com sua voz de timbre raro, canta o amor e o autoconhecimento sob uma perspectiva libertadora. Em Indigo Borboleta Anil, Liniker mergulha em afetos profundos e em experiências que desafiam rótulos de gênero e comportamento, criando um espaço sonoro onde todos podem ser. Sua arte é espelho e abrigo.

Foto: Divulgação.

Jonathan Ferr

Outro nome essencial é Jonathan Ferr, pianista carioca que eleva o instrumental brasileiro a um novo patamar. Ferr mistura jazz, gospel, rap e música clássica com uma assinatura de sofisticação urbana e ancestralidade. Cada nota é um diálogo entre África e Rio de Janeiro. Seu álbum CURA é uma viagem espiritual, que convida o público a sentir a música como meditação e manifesto.

Foto: Divulgação.

Rachel Reis

De Salvador vem Rachel Reis, uma das vozes mais solares da nova geração. Misturando pagodão, pop e axé, ela traz alegria e elegância em igual medida. Rachel canta o amor preto, o cotidiano, a festa e o afeto com leveza e profundidade, mostrando que ser baiana é também ser múltipla. Sua presença nos palcos tem o poder de iluminar e desarmar, provando que alegria também é forma de resistência.

Rachel Reis. Divulgação.

Tuyo

O trio curitibano Tuyo, formado por Lio, Lay e Machado, representa a introspecção da música negra contemporânea. Suas letras delicadas e doloridas traduzem sentimentos de vulnerabilidade, autocuidado e sobrevivência. Com sintetizadores e harmonias sutis, a Tuyo cria uma MPB eletrônica que abraça e conforta — um abraço que só quem já sentiu a dureza da existência sabe oferecer.

Foto: Divulgação.

Baco Exu do Blues

E não se pode falar de uma playlist negra sem mencionar Baco Exu do Blues. Poeta e provocador, ele descontrói o rap tradicional e o funde ao samba, ao R&B e à sensualidade. Sua lírica é filosófica, seu ritmo é imprevisível. Em cada música, Baco constrói pontes entre o sagrado e o mundano, entre o corpo e o espírito, entre o amor e a raiva. Ele é a síntese de uma geração que aprendeu a transformar dor em arte e orgulho.

Foto: Divulgação.

Esses artistas não são apenas nomes de uma playlist — são vozes de uma revolução cultural. Cada um deles, a seu modo, revela que a música negra brasileira é um universo em expansão, que carrega séculos de história, resistência e beleza. Ouvir Liniker, Ferr, Rachel, Tuyo e Baco é também ouvir o Brasil real — o Brasil que pulsa, que chora e que dança.

Essa publicação é fruto de uma parceria especial entre a Novabrasil e o Fórum Brasil Diverso, evento realizado pela Revista Raça Brasil nos dias 10 e 11 de novembro, que celebra a diversidade, a cultura e a potência da música negra brasileira. Não perca a oportunidade de participar desse encontro transformador — inscreva-se já www.forumbrasildiverso.org

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