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Mansur: “Essa IA já leu 35 milhões de artigos médicos. Seu médico leu quantos?”

Se você ainda acha que inteligência artificial é só papo de nerd do Vale do Silício, segura essa: uma IA chamada OpenEvidence está sendo usada por médicos nos EUA pra tomar decisões clínicas em tempo real. E ela não tira nota 10 no USMLE (o Enem dos médicos americanos) por sorte. Ela leu — com atenção, sem pular linha — mais de 35 milhões de artigos médicos revisados por pares. E não inventa dado, não alucina, não dá opinião: ela mostra a evidência, com citação, fonte e gráfico. O sonho de qualquer residente em pânico.

Agora pensa: quantos artigos um médico humano lê por ano? Um estudo de 2020 mostrou que um profissional da saúde conseguiria ler, no máximo, uns 300 a 400 artigos por ano. E olha lá. A medicina avança mais rápido que isso. Enquanto isso, a OpenEvidence já tá integrada ao que saiu no NEJM, no JAMA, no Lancet, no BMJ, na base PubMed inteira (todas fontes respeitadas) e ainda te entrega isso em segundos, via app. É tipo um ChatGPT com CRM e acesso à biblioteca do Dr. House.

Não à toa, ela tá crescendo: sem campanha milionária, só no boca-a-boca dos médicos que testam e não largam mais. Hoje, são mais de 35 mil novos usuários por mês. A startup já levantou US$ 75 milhões com gente como a Sequoia Capital, e foi listada entre as empresas de IA mais promissoras do mundo. E tem um detalhe: é gratuita para médicos dos EUA. Grátis. Pra salvar vidas.

Mas aqui no Brasil? Silêncio. Enquanto isso, tem hospital marcando cirurgia com fax. O fax! A IA tá gerando diagnóstico com base em evidência, e a gente ainda brigando pra integrar prontuário com agenda.

Essa tecnologia não é sobre substituir o médico — é sobre dar a ele superpoderes. Uma UBS no meio do nada pode ter acesso ao mesmo nível de conhecimento que um hospital de ponta em Boston. E isso muda o jogo.
A pergunta que fica não é “será que funciona?” — ela já tá funcionando. A pergunta é: e se o seu médico não estiver usando isso? Porque medicina sem evidência é achismo. E achismo a gente já tem de sobra no grupo da família.

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