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Morte súbita em jovens: por que acontece e como pode ser evitada?

Morte súbita em pessoas jovens sempre gera espanto e a mesma pergunta surge de imediato: “Por quê?” É comum ouvirmos: “Tão novo, não tinha nada.” Mas será?

Outra frase frequente em matérias jornalísticas é: “Morreu de parada cardiorrespiratória.” E aqui é fundamental esclarecer: todas as mortes evoluem para parada cardiorrespiratória pois o coração pára, a respiração cessa.
Isso não é a causa, é o desfecho final.

Para entender o que realmente aconteceu, é preciso identificar qual foi o motivo da parada. E na grande maioria dos casos em pessoas jovens, a causa é cardíaca, mesmo quando não há sintomas aparentes.

O assunto voltou ao centro das discussões por causa do ator de 25 anos que teve um “mal súbito” durante o espetáculo “Aladdin”, em São Paulo. A causa do ocorrido ainda não é conhecida, mas o episódio reacende um debate fundamental sobre saúde do coração em pessoas jovens.

Por que isso acontece?

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra aproximadamente 300 mil casos de morte súbita por arritmias por ano, cerca de mil por dia.

Em indivíduos abaixo dos 30 anos, predominam doenças estruturais do coração e condições genéticas que podem desencadear arritmias graves, como:

  • Miocardiopatia hipertrófica
  • Anomalias congênitas da artéria coronária
  • Síndrome de Brugada
  • Displasia arritmogênica do ventrículo direito
  • Síndrome do QT longo

Essas doenças podem levar a episódios de taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular que são arritmias potencialmente fatais.

Foto: Divulgação.

Fatores externos que aumentam o risco:

Além das condições cardíacas, algumas substâncias podem precipitar arritmias graves:

  • Anabolizantes
  • Drogas ilícitas e estimulantes

Esses agentes podem desencadear arritmia, infarto do miocárdio e morte súbita mesmo em pessoas jovens e aparentemente saudáveis.

A partir dos 30 anos

Com o avanço da idade, aumenta a prevalência da doença coronariana, principal causa de infarto do miocárdio.
Entre os fatores de risco mais comuns estão:

  • Dislipidemia (colesterol alterado)
  • Hipertensão arterial
  • Diabetes mellitus
  • Tabagismo

Parada cardíaca pode ser revertida:

Parada cardíaca não significa morte inevitável.
As chances de sobrevivência aumentam quando o atendimento é rápido.
As medidas mais eficazes são:

  • Reanimação cardiopulmonar (RCP) imediata
  • Uso do DEA (Desfibrilador Externo Automático)

A cada minuto sem atendimento, a probabilidade de reversão diminui.

Check-up é fundamental:

A maior parte dos fatores de risco para doenças cardíacas não causa sintomas.
Por isso, a detecção precoce depende de avaliações regulares, principalmente para:

  • jovens que praticam atividade física intensa
  • atletas
  • pessoas com histórico familiar de morte súbita
  • indivíduos com sintomas como palpitações, desmaios, dor no peito ou falta de ar
  • ⁠acima 30 anos ou antes de histórico familiar e fatores de risco

Identificar fatores de risco, investigar sintomas e realizar exames cardiológicos de rotina são medidas que podem evitar esse desfecho.

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