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Mostra gratuita “Cinema de Resistência”, no CCBB Rio, reúne obras da premiada Lucia Murat 

A Mostra Cinema de Resistência: um olhar sobre o Brasil invisível mergulha nas obras da premiada Lucia Murat, exibindo 34 dos mais de 65 filmes da cineasta, que percorrem feridas abertas de nossa história recente.

A mostra será apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ), de 28 de maio a 23 de junho, e contará com quatro debates em torno de temáticas relevantes abordadas por Murat. O primeiro, sobre ditadura e memória, será na abertura, às 18h30, com a participação da curadora Denise Lopes e de três ex presas políticas: a historiadora Jesse Jane, a socióloga Dulce Pandolfi e a própria cineasta Lucia Murat. A mediação será feita pelo jornalista Ancelmo Gois. 

Em um cenário de instabilidade política no Brasil e no mundo, a mostra propõe um convite à reflexão por meio das obras da cineasta e ex jornalista, cuja filmografia entrelaça memória, experiências pessoais, ficção e realidade histórica. Ao longo de quase um mês, o público poderá assistir a 13 longas-metragens, 2 filmes de média e curta-metragem, além de 19 episódios em vídeo, organizados em quatro módulos temáticos: Ditadura e Memória, Povos Originários, Questões Femininas e Desigualdades. A programação será acompanhada por debates com artistas, ativistas e intelectuais, ampliando o diálogo proposto pelos filmes.  

Lucia Murat soma 14 longas-metragens feitos exclusivamente para as salas de cinema, consolidando-se como a cineasta latino-americana com a maior produção no formato. Em grande parte desses trabalhos, assinou simultaneamente a direção, o roteiro e a produção – um feito notável e raro, mesmo entre os grandes nomes do audiovisual. Premiada em diversos festivais internacionais e nacionais, como Chicago, Miami, Huelva, Havana, Moscou, Mar del Plata, Festival do Rio, Brasília e Gramado, Lucia teve seu último filme – Hora do Recreio (2025) – laureado com a Menção Especial do Júri Jovem na Mostra Generation 14 Plus, da Berlinale de 2025, em Berlim, Alemanha. Aos 76 anos, a cineasta segue usando o audiovisual como meio de conscientização social. 

“Filmar como forma de resistir. Essa parece ter sido a máxima que norteou o trabalho ininterrupto da cineasta Lucia Murat por 41 anos. Pela primeira vez, 34 produções poderão ser vistas em conjunto numa mostra no CCBB do Rio de Janeiro e São Paulo. A mostra abre a possibilidade de discussão sobre temas caros e urgentes do Brasil, como a ditadura militar de 1964, as violências contra os Povos Originários, as desigualdades sociais e questões do feminino”, comenta a curadora da mostra, Denise Costa Lopes. 

Lucia Murat e os rastros do invisível: cinema, memória e resistência

A obra de Lucia é atravessada por uma série de marcas estilísticas e temáticas recorrentes: como a dissolução das fronteiras entre os formatos cinematográficos, presente desde seu primeiro longa-metragem; o enfoque na memória; a narrativa desconstruída; e a busca por trazer à tona comunidades e temas geralmente marginalizados ou silenciados. 

A partir de algumas dessas características, foi possível para a curadoria organizar sua produção em quatro grandes eixos que estruturam a mostra: Ditadura e Memória, Povos Originários, Questões Femininas e Desigualdades. 

A cada semana, o evento terá uma temática central para reunir as obras de Murat e direcionar o debate: 

•Ditadura e Memória (28 de maio): A diretora revisita experiências vividas durante o regime militar, explorando lembranças e traumas por meio de personagens femininas e narrativas que misturam realidade e ficção.  

•Povos Originários (8 de junho): Filmes que destacam a diversidade cultural indígena e o olhar respeitoso da cineasta sobre essas comunidades, suas tradições e desafios contemporâneos. 

•Questões Femininas (15 de junho): O protagonismo das mulheres aparece sob diferentes perspectivas, abordando temas como maternidade, envelhecimento e relações afetivas. 

•Desigualdades (21 de junho): Obras que retratam o cotidiano de pessoas em contextos de vulnerabilidade social, com foco em trajetórias humanas e potentes. 

Em todos os módulos, o estilo da diretora se destaca pela combinação entre diferentes linguagens artísticas — como teatro, dança e artes visuais — e pela forma como transforma histórias individuais em retratos universais, oferecendo ao público uma experiência sensível e reflexiva. Todos os debates contam com a presença de artistas, pensadores e convidados especiais, promovendo trocas a partir das temáticas apresentadas nas sessões. 

Depois do Rio, a mostra seguirá para o CCBB São Paulo, onde ocorrerá entre os dias 4 e 29 de junho.  

Foto: Taiga Filmes/Divulgação.

Programação completa:  

28/05 – Quarta-feira 

14h – A Memória que me contam – Longa-metragem (2012, 100 min, 14 anos) 

16h – Que bom te ver viva – Longa-metragem (1989, 97min, 14 anos). 

18h30 – Abertura e Debate: DITADURA E MEMÓRIA.  

Convidados: Lucia Murat, Jesse Jane, Dulce Pandolfi e Denise Lopes. 

Mediação: Ancelmo Gois 

29/05 – Quinta-feira 

16h – O Pequeno exército louco – Documentário – Média-metragem (1984, 50min, 12 anos) 
18h – Uma longa viagem – Documentário – Longa-metragem (2011, 95min, 16 anos) 

30/05 – Sexta-feira 

16h – Quase dois irmãos – Longa-metragem (2004, 102min, 16 anos) 
18h – O mensageiro – Longa-metragem (2024, 108min, 14 anos) 

31/05 – Sábado 

16h – A Memória que me contam – Longa-metragem (2012, 100min, 14 anos) 
18h – Que bom te ver viva – Longa-metragem (1989, 97min, 14 anos) 

01/06 – Domingo 

16h – O pequeno exército louco – Documentário, média-metragem (1984, 50min, 12 anos) 

18h – Uma longa viagem – Documentário – Longa-metragem (2011, 95min, 16 anos) 

02/06 – Segunda-feira 

16h – Quase dois irmãos – Longa-metragem (2004, 102min, 16 anos) Sessão com acessibilidade (legenda descritiva) 
18h – O mensageiro – Longa-metragem, (2024, 108min, 14 anos) Sessão com acessibilidade (legenda descritiva) 

04/06 – Quarta-feira 

16h – A nação que não esperou por Deus – Documentário, longa-metragem (2015, 90min, Livre) 

18h – Brava gente brasileira – Longa-metragem (2000, 103min, 16 anos) 
 

05/06 – Quinta-feira 

16h – Episódios da série Vestígios do Brasil (2019, 12 anos):  

Aprisionados, 30min / A reviravolta, 30min / Na guerra pela terra, 30min / Incendiado vivo, 30min / A morte como solução, 30min 

18h30 – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Julião, 30min 

06/06 – Sexta-feira 

16h – Episódios da série Vestígios do Brasil (2019, 12 anos): Terçados, facões e ferramentas, 30min / Tapajós, um projeto de morte, 30min / Açúcar com estricnina, 30min 

18h – Terra Livre, 30 min / O bicho que come cru, 30min / Em troca de um fogão, 30min / O papel aceita tudo, 30min Sessão com acessibilidade (legenda descritiva) 

07/06 – Sábado 

16h – A nação que não esperou por Deus – Documentário, longa-metragem (2015, 90min, Livre) 

18h – Brava gente brasileira – Longa-metragem (2000, 103min, 16 anos) 

08/06 – Domingo 

14h – Episódios da série Vestígios do Brasil (2019, 12 anos)  / Na guerra pela terra, 30min / Incendiado vivo, 30min / A morte como solução, 30min 
16h – Aprisionados, 30min / A reviravolta, 30min / Terra Livre, 30 min 
 
18h – Debate: POVOS ORIGINÁRIOS 

Convidados: Lucia Murat, Dilmar Puri, Orlando Calheiros 

Mediação: Denise Lopes 
 09/06 – Segunda-feira 

16h – Episódios da série Vestígios do Brasil (2019, 12 anos) / O bicho que come cru, 30min / Em troca de um fogão, 30min / O papel aceita tudo, 30min / Terçados, facões e ferramentas, 30min / Tapajós. Um projeto de morte, 30min / Açúcar com estricnina, 30min 
19h – Episódio da série Testemunhos (1992, 12 anos): Julião, 30min 

11/06 – Quarta-feira 

17h – Episódios da série Mulheres no Cinema (1992, 12 anos):Carmen Santos, 30min / Gilda de Abreu, 30min 

18h – Olhar estrangeiro – Documentário, longa-metragem (2005, 70min, 14 anos) 
 

12/06 – Quinta-feira 

17h – Daisy – Curta-metragem (1992, 20min, 14 anos) 
18h – Em três atos – Longa-metragem (2015, 75min, 14 anos) 

13/06 – Sexta-feira 

17h – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Beatriz Ryff, 30min 
18h – Ana. Sem título – Longa-metragem (2020, 110min, 14 anos) 

14/06 – Sábado 

17h – Episódio da série Mulheres no Cinema (1992, 12 anos): Carmen Santos, 30min / Gilda Abreu, 30min 

18h – Olhar estrangeiro – Documentário, longa-metragem (2005, 70min, 14 anos) 
 

15/06 – Domingo 

15h30 – Daisy – Curta-metragem (1992, 20’, 14 anos) 

16h – Em três atos – Longa-metragem (2015, 75min, 14 anos) 

18h – Debate QUESTÕES FEMININAS 

Convidados: Luciana Bezerra, Jaqueline Pitanguy 

Mediação: Denise Lopes 

16/06 – Segunda-feira 

17h – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Beatriz Ryff, 30min 

18h – Ana. Sem título – Longa-metragem (2020, 110min, 14 anos) 

18/06 – Quarta-feira 

17h – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Antônio Callado, 30min 
18h – Doces poderes – Longa-metragem (1997, 93min, 16 anos) Sessão com acessibilidade (legendas descritivas) 

19/06 – Quinta-feira 

17h – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Abdias Nascimento, 30min 
18h – Maré, nossa história de amor – Longa-metragem (2007, 105min, 16 anos) 

20/06 – Sexta-feira 

17h – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Apolônio de Carvalho, 30min 
18h – Praça Paris – Longa-metragem (2017, 110’, 16 anos) Sessão com acessibilidade (legenda descritiva) 

21/06 – Sábado 

15h30 – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Antônio Callado, 30min 
16h – Doces poderes – Longa-metragem (1997, 93min, 16 anos) 

18h – DEBATE DESIGUALDADES 

Convidados: Lucia Murat, Luiz Fernando Gallego, Babu Santana 

Mediação: Denise Lopes 

22/06 – Domingo 

16h – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Abdias Nascimento, 30min 
18h – Maré, nossa história de amor – Longa-metragem (2007, 105min, 16 anos) 
 

23/06 – Segunda-feira 

16h – Episódio da série Testemunho (1992, 12 anos): Apolônio de Carvalho, 30min 
18h – Praça Paris – Longa-metragem (2017, 110min, 16 anos) 

SERVIÇO: Mostra “Cinema de Resistência: um olhar sobre o Brasil invisível” 

Data: 28 de maio a 23 de junho de 2025 

Entrada gratuita 

Classificação etária: consulte a programação  

Retirada de ingressos: a partir das 9h do dia de cada sessão/atividade, pelo site bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB 

Centro Cultural Banco do Brasil  

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)  

Tel. (21) 3808-2020 | [email protected]   

Informações sobre programação, acessibilidade, estacionamento e outros serviços: bb.com.br/cultura   

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida: entrada pela Porta Presidente Vargas (Estacionamento CCBB). 

Confira a programação completa também nas redes sociais:   

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