Os 5 maiores discos de Marisa Monte, no aniversário da cantora

No dia do aniversário de uma das maiores vozes da história da música popular brasileira de todos os tempos, nada melhor do que uma seleção com os maiores discos da extensa e bem-sucedida carreira de Marisa Monte!

Em todos os seus lançamentos, os álbuns de Marisa Monte estiveram na primeira posição dos discos mais vendidos no Brasil, mesmo já com o advento da internet, e a cantora carioca é uma das artistas que mais vendeu discos no país: mais de 10 milhões no total.

Com sua afinação precisa, voz divinal – suave e poderosa na mesma medida – seu apurado conhecimento musical e faro afiadíssimo para parcerias incríveis, Marisa Monte conquistou o Brasil e o mundo é influência e referência para uma geração de cantoras que vieram depois.

Em 1982, com apenas 15 anos e ainda na escola, Marisa Monte – que já estudava canto, piano e bateria desde a infância – participou do musical “The Rocky Horror Show”, de Miguel Falabella.

No ano seguinte, com 16 anos, a cantora recusou um convite do renomado músico e produtor Roberto Menescal– um dos fundadores da Bossa Nova lá nos anos 60 – para gravar o seu primeiro disco, pois ainda não sentia-se preparada.

Aos 18 anos, em 1985, Marisa gravou a sua primeira música em estúdio, para o filme brasileiro “Tropclip”, dirigido por Luiz Fernando Goulart. Acanção era “Sábado à Noite”, composta por Sérgio Sá, e marca a estreia de Marisa Monte no cenário musical.

Aos 19 anos, a então jovem artistalargou os estudos na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e passou dez meses em Roma, na Itália, estudando canto lírico e a técnica da ópera italiana. Na Itália, Marisa Monte se apresentou em alguns bares e foi lá que o produtor musical carioca Nelson Mottaficou encantado ao assistir a uma dessas apresentações.

E é aí, que começa a nossa lista!

1 – “MM” ou “Marisa Monte” (1989)

Quando Marisa voltou da Itália, Nelson Motta decidiu então dirigir o show de retorno da cantoraao Brasil: “Veludo Azul”, em 1987.

O show foi um sucesso de público e crítica e Marisa Monte – mesmo ainda sem ter gravado nenhum disco – foi tornando-se cada vez mais conhecida ao longo do ano de 1988, aparecendo em programas televisivos, jornais e revistas e despertando o interesse de gravadoras.

Foi aí que a cantora – nova sensação da cena musical brasileira – admirada tanto pelos jovens fãs de rock, como pelos que apreciavam o jazz e a MPB, foi convidada para gravar um especial pela TV Manchete, no Teatro Villa-Lobos do Rio de Janeiro, que depois se transformou no seu primeiro disco, lançado também em VHS: “MM”, ou “Marisa Monte”, em 1989. 

O fato de o disco ter sido gravado ao vivo (só uma faixa foi gravada em estúdio) foi algo raro para um álbum de estreia na época. Isso porque as gravações em estúdio poupavam o artista de falhas técnicas, o que mostra a grande competência vocal e musical de Marisa.

O álbum de estreia de Marisa Monte ressalta sua versatilidade –  devido à diversidade de ritmos e compositores presentes, numa mistura de samba, jazz, black music, blues, soul, rock e bossa nova – e conta com o primeiro grande sucesso na voz da cantora: “Bem Que Se Quis”, versão de Nelson Motta para a canção “E Po’ Che Fa”, do compositor italiano Pino Daniele.  

MM” foi um dos álbuns mais vendidos do ano: mais de um milhão de cópias e rendeu à Marisa turnê nacional e internacional. Ele ocupa o 62º lugar na lista dos 100 Maiores Discos da Música Popular Brasileira, feita pela revista Rolling Stone Brasil.

Outros clássicos regravados por Marisa Monte neste disco são:  

  • Chocolate (Tim Maia)
  • O Xote das Meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas )
  • Preciso Me Encontrar (Candeia)
  • A Lenda das Sereias Rainhas do Mar (Vicente Mattos, Dinoel e Arlindo Velloso)
  • I Heard It Through The Grapevine (de Norman Whitfield e Barrett Strong)

2 – “Mais” (1991)

Em 1991, Marisa Monte lançou seu segundo álbum, “Mais”, o primeiro com músicas autorais – mostrando o lado compositora da cantora e reforçando seu estilo próprio. Conta também com compositores de sua geração – como Nando Reis e Arnaldo Antunes, grandes parceiros de Marisa, que a princípio era muito fã dos Titãs. Marisa foi a primeira artista a gravar uma música de Nando.

Com canções inéditas e versões, “Mais” foi ainda mais vendido que o disco anterior e tornou a cantora conhecida mundialmente.

Entre as faixas, os sucessos: 

  • Beija Eu (de Arnaldo Antunes, Marisa Monte – primeira de muitas parcerias dos dois – e Arto Lindsay, músico que produziu quatro discos da cantora)
  • Ainda Lembro (de Marisa e Nando Reis, com participação de Ed Motta
  • De Noite na Cama (de Caetano Veloso) 
  • Rosa (de Pixinguinha e Otávio Costa)
  • Diariamente (de Nando Reis)
  • Eu Sei (Na Mira) (da própria Marisa)

3 – “Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão” (1994)

Em 1994, a artista lançou o seu terceiro álbum: “Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão”, em que também atua como co-produtora. 

Muito bem recebido por crítica e público, é  considerado por muitos como o melhor disco da carreira da cantora. Vendeu mais de um milhão de cópias e foi o disco mais vendido do ano. Ocupa a posição 87 na lista dos 100 Maiores Discos da Música Popular Brasileira, feita pela revista Rolling Stone Brasil.

Entre os sucessos do disco estão as clássicas e inéditas:

  • Segue o Seco (Carlinhos Brown)
  • Maria de Verdade (Carlinhos Brown)
  • Ao Meu Redor (Nando Reis)
  • Na Estrada (Marisa, Nando e Brown – primeira de muitas composições do trio de amigos que – em 2002 – formou os Tribalistas)
  • De Mais Ninguém (Marisa e Arnaldo Antunes)
  • Bem Leve (de Marisa e Arnaldo)

Além das regravações:

  • Balança Pema (de Jorge Ben Jor, que conta com a participação de Gilberto Gil nos violões)
  • Dança da Solidão (de Paulinho da Viola)
  • Alta Noite (de Arnaldo Antunes)

A Velha Guarda da Portela, com quem Marisa tem uma relação profunda desde a infância (seu pai foi diretor da Escola até 1975), participa da faixa “Esta Melodia” (de Jamelão e Bubu da Portela). O disco também conta com a percussão luxuosa de Naná Vasconcelos em algumas faixas.

O título do álbum, vem de uma frase da canção “Seo Zé” (de Marisa, Arnaldo e Brown) e fala da riqueza e da diversidade Brasil, que não é só verde, azul e amarelo (as florestas, os mares e o ouro), mas também composto de gente, de um povo miscigenado e potente (Cor de Rosa e Carvão). É um disco que se refere à presença humana na música, como diz Marisa.

O videoclipe de “Segue o Seco” é emblemático e tornou-se um clássico do audiovisual nacional, ao retratar a seca nordestina.

4 – “Barulhinho Bom – Uma Viagem Musical” (1996)

Em 1996, foi a vez do primeiro álbum duplo de Marisa:Barulhinho Bom – Uma Viagem Musical”. A primeira parte do disco foi gravada ao vivo, em um show da turnê de “Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão” – no Teatro Guararapes, em Recife – e a segunda parte foi gravada em estúdio.

Fazem parte do disco, além de sucessos já consagrados na voz da cantora, as inéditas: “Arrepio” e “Magamalabares”, ambas de Carlinhos Brown.

O álbum também conta com regravações das canções: 

  • Tempos Modernos (de Lulu Santos)
  • Chuva no Brejo (de Moraes Moreira, com trecho que dá origem ao nome do disco)
  • Panis Et Circense (de Caetano Veloso e Gilberto Gil)
  • Give Me Love (Give Me Peace On Earth), (do beatle George Harrison)
  • A Menina Dança, (de Moraes Moreira e Galvão, canção que Marisa canta com a participação oficial dos Novos Baianos, no DVD deste mesmo disco)
  • Cérebro Eletrônico (de Gilberto Gil)

O álbum também esteve na primeira posição na lista dos discos mais vendidos do Brasil, se tornando o quarto álbum consecutivo da cantora a alcançar essa posição na tabela. Esse trabalho também marcou uma aproximação maior de Marisa Monte com diversas escolas e gerações do samba carioca. 

No mesmo ano, Marisa abriu sua editora a “Monte Songs Edições Musicais Ltda”e, em 1998, conquistou sua independência musical ao comprar todas as fitas matrizes de suas músicas, desde seu álbum de estreia até “Barulhinho Bom”. Além disso, abriu seu próprio selo, a “Phonomotor Records”.

5 – “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor” (2000)

Em 2000, Marisa Monte lançou o álbum “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor”, aclamado pelo público e pela crítica e que tem como tema central o amor. 

Com ele, a artista ganhou disco de diamante, atingindo mais de dois milhões de cópias vendidas e fez uma turnê mundial, que durou o ano inteiro. É o quinto álbum consecutivo da artista a ocupar o primeiro lugar na parada musical e também o disco mais vendido de Marisa.

O álbum conta com a canção mais tocada e premiada do ano, “Amor I Love You”, composta por Marisa e Carlinhos Brown (e com participação de Arnaldo Antunes declamando um trecho de “O Primo Basílio”, de Eça de Queirós), mostrando a total sintonia entre o trio desde sempre. 

O  disco também conta com as canções inéditas: 

  • Tema de Amor (de Marisa e Brown)
  • Não Vá Embora (de Marisa e Arnaldo)
  • Não É Fácil (de Marisa, Arnaldo e Brown)
  • Água Também É Mar (de Marisa, Arnaldo e Brown)
  • Perdão Você (de Brown e Alain Tavares)
  • Abololô (de Marisa com Lucas Santtana)

Além de regravações como:

  • O Que Me Importa (de José de Ribamar Cury Heluy)
  • Cinco Minutos (de Jorge Ben Jor)
  • Sou Seu Sabiá (de Caetano Veloso)
  • Gotas de Luar (de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito)
  • Para Ver As Meninas (de Paulinho da Viola)

Também está no disco a canção “Gentileza”, que Marisa compôs em homenagem ao Profeta Gentileza, cujas inscrições no Viaduto do Caju, no Rio de Janeiro, haviam sofrido vandalismo e estavam ameaçadas pela prefeitura da cidade. Marisa Monte, que sempre gostou de ver as inscrições de Gentileza, entrou em contato com uma ONG e conseguiu preservá-las.

Com este disco, Marisa venceu o Grammy Latino de “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo” e a música “Amor I Love You” concorreu na categoria “Melhor Canção Brasileira”.

O DVD com o show do álbum também foi um sucesso e contou com a inédita “A Sua”, (canção composta por Marisa); a clássica “Eu Te Amo, Eu Te Amo, Eu Te Amo” (de Roberto e Erasmo Carlos); “Paradeiro” (de Marisa, Arnaldo e Brown); e “Ontem ao Luar” (de Catulo da Paixão Cearense e Pedro Alcântara).

Gostou de conhecer os 05 maiores álbuns de Marisa Monte, no dia do aniversário da cantora?

Também temos uma Playlist Especial, com os maiores sucessos da carreira de Marisa. Aproveite!

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