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Passado e presente: Diálogos musicais entre gerações

Esses encontros de vozes de gerações diferentes mostram como a música brasileira se reinventa o tempo todo. São colaborações e releituras que unem passado e presente em canções potentes.

A cantora Evinha, do Trio Esperança, por exemplo, tem sua voz amplificada por samples do rapper BK. Um dos destaques é “Esperar pra ver”, composição de Renato Corrêa e Guarabyra, de 1971.

Essa mesma gravação de Evinha foi sampleada por BK em “Cacos de Vidro”, um dos grandes sucessos do seu quinto álbum, ‘Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer’, lançado este ano.

Bk e Evinha
Foto/Gnt/Divulgação.

No mesmo disco, BK ainda usou outro trecho de Evinha, dessa vez da música “Só Quero” (Dal, Tom e Lilito, 1971), do álbum ‘Cartão Postal’, na faixa “Só Quero Ver”.

E não para por aí: BK também resgatou um clássico de Djavan. A faixa “Só Eu Sei” traz um sample de “Esquinas”, canção originalmente lançada em 1984. Uma ponte direta entre o rap contemporâneo e a poesia sofisticada da MPB.

Outro momento marcante é o encontro histórico entre Djonga e Bituca. Milton Nascimento empresta sua voz poderosa ao refrão de “Demoro a Dormir”, presente no oitavo álbum de Djonga, ‘Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto’. A participação de Milton dá um peso espiritual à faixa, que dialoga com os dilemas profundos.

E é claro que não dá pra esquecer “Lágrimas”, de Baco Exu do Blues. A canção usa como base “Lágrimas Negras”, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, gravada por Gal Costa em 1974. Essa faixa está no álbum ‘Quantas Vezes Você Já Foi Amado?’, de 2022, que também traz um sample de “Tempo de Amor (Samba do Veloso)”, parceria de Vinícius de Moraes com Baden Powell, lançado em 1966.

Pra fechar com chave de ouro, Gilberto Gil e MC Hariel juntos em “A Dança”. Um verdadeiro encontro de mundos, Gil, ícone eterno da MPB, e Hariel, uma das maiores vozes do funk paulista atual. A música, lançada no álbum ‘Funk Superação’, vai além do som, ela é uma conversa profunda entre os dois artistas, misturando experiências de vida e visões de mundo. A participação de um coral de crianças de comunidades traz ainda mais emoção, com um toque suave e uma mensagem forte.

Hariel E Gilberto Gil
Foto/ Divulgação: R7.

Esses encontros mostram que, na música brasileira, passado e presente seguem de mãos dadas, criando novas memórias.

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