Com certeza você já escutou esta versão aqui da música “Ai, Que Saudade D’ocê”:
Ou então esta outra, mais recente:
Ou então esta, que também ficou muito famosa:
Mas afinal, você sabe quem compôs esse grande clássico da música popular brasileira?
Não foi a paraibana Elba Ramalho, que interpretou a canção em 1983, no seu álbum “Coração Brasileiro”, tornando-a um sucesso no Brasil inteiro; nem o maranhense Zeca Baleiro, que fez uma releitura bem a sua cara da canção anos depois, em 2014, para a trilha da novela “Império”, da Rede Globo.
Também não foi nem Geraldo Azevedo, nem Zé Ramalho, companheiros de Elba no álbum “Grande Encontro II”, quando os três interpretaram juntos “Ai, Que Saudade D’ocê”, para a segunda edição do álbum, em 1997.
O verdadeiro compositor de “Ai, Que Saudade D’ocê” é o cantor e compositor paraibano Vital Farias, que lançou a canção em 1982, em seu disco “Sagas Brasileiras”, um ano antes dela estourar no Brasil inteiro na voz de Elba Ramalho.
Sobre Vital Farias
O cantor e compositor Vital Farias nasceu no sítio Pedra d’Água, município de Taperoá, estado da Paraíba. Caçula de 14 irmãos, se alfabetizou com as irmãs por meio da Literatura de Cordel e cresceu escutando bandas de pífanos, repentistas e cantadores.
Vital viveu em Taperoá até os 18 anos, quando mudou-se para a capital do estado da Paraíba – João Pessoa – onde prestou o serviço militar.
Após deixar o exército, Vital Farias continuou em João Pessoa e começou a estudar violão por conta própria. Depois, passou a dar aulas de violão e de teoria musical no Conservatório de Música de João Pessoa.
Em 1975, mudou-se para o Rio de Janeiro, fez Faculdade de Música e participou de importantes eventos artísticos, entre os quais a peça “Gota d’água”, de Chico Buarque, como músico em 1976.
Sua primeira composição gravada foi “Ê mãe”, em parceria com Livardo Alves, por Ary Toledo, em 1975.
Em 1978, Vital Farias gravou seu primeiro disco, que levou o seu nome. O segundo álbum, “Taperoá”, veio dois anos depois, em 1980. Depois vieram os LPs “Sagas Brasileiras” (1982), “Cantorias 1” e “2” (1984 e 1985) e “Do Jeito Natural” (1985).
No final dos anos 80, Vital resolveu parar de gravar por um tempo para se dedicar aos estudos. Em 2002, lançou o disco “Vital Farias ao vivo e aos Mortos Vivos”. Nesse mesmo ano recebeu o título de Cidadão do Rio de Janeiro. Em 2006 e 2010 a cargos políticos e
Vital Farias faleceu no dia 06 de fevereiro de 2025, em João Pessoa, por conta de um problema cardíaco.