Roberta Estrela D’Alva e o poder transformador da palavra, no Mais Preta

Conectar histórias, afetos e grandes artistas da Música Preta Brasileira! É esse o norte do +Preta, na Faixa das Dez. No programa exibido na última terça-feira (15), Adriana Couto tem um papo potente com a referência da poesia falada no Brasil Roberta Estrela D’alva.

Atriz, diretora, pesquisadora, autoridade em teatro hip hop e referência em slam poetry, Roberta traz seu ritmo e poesia para conversa. Nascida em Diadema, na Grande São Paulo, a artista é uma das responsáveis pela popularização do concurso de poesia falada nos grandes centros urbanos brasileiros.

Roberta ainda é membro fundadora do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, a primeira companhia de Teatro Hip Hop do Brasil, e do coletivo Frente 3 de Fevereiro, grupo transdisciplinar de pesquisa e ação direta acerca do racismo na sociedade brasileira.

Roberta Estrela D’Alva é a segunda convidada de Adriana Couto, no Mais Preta. A artista destaca a importância da palavra e da escuta | Foto: novabrasil

Trazendo suas memórias musicais mais pretas, entre outros assuntos, a artista falou sobre o poder da palavra e a importância da escuta em sua arte no teatro, mas cinema, e na rua.

“A questão de ser negre no Brasil sempre vai transpassar a obra. O racismo no Brasil é uma questão cultural!” diz Roberta Estrela D’alva sobre o papel da cultura para transformação

Apaixonada pela palavra e pela poesia, Roberta Estrela D’Alva pratica a escuta a partir da sabedoria ancestral negra transmitida pela oralidade, o discurso de luta e resistência das ruas, arte que narra a realidade. Por isso, o movimento hip hop sempre foi um grande norteador do trabalho dela.

Roberta Estrela D’Alva é precursora do slam poetry no Brasil | Foto: Divulgação

Durante a conversa com Adriana Couto, a artista falou sobre como foi o processo e importância de trazer as batalhas de poesias faladas (slam poetry) para o Brasil, em meados de 2003:

Aqui (Brasil), caiu como uma luva! Porque o que tinha de gente, em tudo quanto é periferia, em tudo quanto é lugar, precisando ser escutado…

No clima da “radicalidade da poesia”, Adriana e Roberta falam sobre as músicas escolhida pela artista para embalar a conversa. A faixa foi Meu Corre, de MC Caveirinha. Iniciando as canções de suas memórias musicais mais pretas, O Ouro e a Madeira, dos Originais do Samba.

Vale lembrar que todas as músicas escolhidas para esse episódio estão disponíveis na playlist oficial do +Preta, logo abaixo.

Ouça o episódio na íntegra:

Sobre o ‘+Preta’

+PRETA coloca no dial da Novabrasil músicas cantadas e/ou compostas por artistas negros e negras brasileiras de diferentes gerações. O programa embarca na diversidade da produção contemporânea, mas não perde a chance de apresentar clássicos e raridades.

Sem preconceitos e com muito afeto o +PRETA celebra a beleza e força criativa da música brasileira a partir da experiência de uma pessoa negra.

A cada edição, um/uma artista, personalidade, ou intelectual negra divide com o público suas memórias musicais + pretas em quadros especiais como: o samba da vida, a música da família, o som revolucionário, o hit que inspirou uma mudança.

No comando do microfone, a apresentadora Adriana Couto, uma das profissionais mais conhecidas do jornalismo cultural.

Confira a playlist oficial do programa:

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