Os fãs da gigante Apple, que estavam esperando o lançamento do novo iPhone aqui no Brasil, talvez tenham que esperar mais um pouco. O Ministério da Justiça determinou a suspensão de venda de iPhone sem carregador, além de uma multa. A medida foi publicada em despacho no “Diário Oficial da União” da terça-feira, dia 06. No Diário Oficial consta o seguinte texto: “Aplicação de sanção de multa no valor de R$ 12 milhões, cassação de registro dos smartphones da marca iPhone introduzidos no mercado a partir do modelo iPhone 12 e suspensão imediata do fornecimento de todos os smartphones da marca iPhone, independentemente do modelo ou geração, desacompanhados do carregador de bateria”. Essa ação foi tomada por entender que a empresa estaria fazendo prática de venda casada, pois o consumidor teria que comprar um carregador avulso. Não houve comprovação de que a medida seria em prol da proteção ambiental em solo brasileiro. A questão ambiental já foi usada anteriormente, a empresa deixou de incluir o adaptador de tomada em todos os seus celulares em outubro de 2020, afirmando que a decisão faz parte de “seus objetivos ambientais”. Isso incentivou a sua rival Samsung, que em janeiro de 2021, repetindo a iniciativa da Apple, decidiu não incluir o carregador de parede e o fone de ouvido. Em outubro de 2021, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que notificou a Apple e a Samsung por não seguirem orientações para justificar a falta de carregadores em seus celulares. A Apple afirmou que planeja recorrer da decisão e explica que os adaptadores de energia representaram o maior uso de zinco e plástico. Eliminá-los da caixa ajudou a reduzir mais de 2 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono. Existem bilhões de adaptadores de energia USB-A, que é utilizado no iPhone, já em uso em todo o mundo para carregar e conectar seus dispositivos. Fica a dúvida: seria apenas uma questão ambiental ou uma forma de aumentar os lucros?