Muro de cemitério desaba e expõe ossadas no litoral de SP

SANTOS, SP (FOLHAPRESS) – As fortes chuvas que atingiram o litoral paulista na noite do último domingo (28) e na madrugada desta segunda-feira (29) provocaram o desabamento de parte do muro externo do Cemitério da Filosofia, no bairro do Saboó, em Santos. Após a queda, ossadas e restos mortais ficaram expostos.

O incidente viralizou nas redes sociais com as imagens divulgadas pela página Viver, em Santos. O trecho da construção que caiu fica na parte lateral do cemitério, localizada na rua Pio 12.

Em nota, a Prefeitura de Santos disse que a Coordenadoria de Cemitérios (Cocem) confirmou a presença de restos mortais em carneiras -nome dado a campas verticalizadas- e que, por isso, realiza a exumação dos materiais com a realocação dos ossos em outros jazigos.

Ainda segundo a administração municipal, familiares já foram informados sobre a transferência. A área também foi isolada.

O cemitério está em reforma, segundo o município, para a construção de um muro de contenção desde janeiro e que, aproximadamente, 60% dos trabalhos foram concluídos. A previsão de entrega das obras é para o fim de junho.

A empresa que executa as obras já toma medidas indicadas pela Defesa Civil do município para a proteção do restante do muro e do entorno durante a continuidade dos serviços.

A queda foi a única ocorrência registrada em Santos causada pelas chuvas. De acordo com o boletim divulgado, o índice pluviométrico das últimas 72 horas é de 70,2 mm. Já o acumulado do mês é de 156,8 mm. Os morros estão em estado de atenção.

Desde agosto de 2021, o Cemitério da Filosofia passa obras estruturais. Em uma delas, a prefeitura entregou a reconstrução do espaço conhecido como Jazigo 1, com 540 lóculos (gavetas onde são colocados os caixões), 60 a mais do que já havia no local anteriormente, alguns deles destinados a obesos. O espaço corria riscos de desmoronamento.

Dois anos antes, porém, parte do muro de outro cemitério, o da Areia Branca, cedeu e deixou diversos caixões e cadáveres expostos.

Na ocasião, a queda foi atribuída à grande movimentação de veículos pesados na rua e à idade da construção, que passou por reconstrução.

KLAUS RICHMOND / Folhapress

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