Agosto Lilás: mês da conscientização do combate à violência contra a mulher

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Foto Ilustrativa

Agosto Lilás é o mês de conscientização do combate à violência contra a mulher. Mas você sabe o que isso significa? Entende a importância da campanha? 

No cenário contemporâneo, a luta pela igualdade de gênero e a erradicação da violência contra a mulher representam pilares fundamentais na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. 

O “Agosto Lilás” é uma importante iniciativa para promover a reflexão, a sensibilização e a ação coletiva em prol do combate à violência contra a mulher. Esta campanha transcende fronteiras geográficas e culturais, sendo relevante para alertar sobre a persistência de uma realidade marcada por abusos, agressões e desigualdades de gênero.

A seguir, vamos explorar a origem e o significado da campanha, assim como discutiremos sobre os diversos tipos de violência contra mulher e traremos dados que reforçam a urgência desse combate.

agosto lilás
Entenda a importância do Agosto Lilás, mês de conscientização do combate à violência contra a mulher. | Foto: Reprodução.

Origem e Significado da Campanha Agosto Lilás

O “Agosto Lilás” é uma campanha de conscientização que teve origem no Brasil e se expandiu para outros países. O termo “Lilás” é uma referência à cor escolhida para simbolizar a luta contra a violência de gênero. 

O mês de agosto foi escolhido devido a datas marcantes relacionadas aos direitos das mulheres: em 13 de agosto de 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha no Brasil, que busca prevenir e punir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

A campanha busca chamar a atenção da sociedade para a persistente violência que afeta as mulheres e encorajar a denúncia e o enfrentamento dessa realidade. Além disso, o “Agosto Lilás” também promove a reflexão sobre a igualdade de gênero e a necessidade de conscientização contínua para resolvermos o problema.

Realidade da Violência contra a Mulher: Números e Estatísticas

A violência contra a mulher é um problema global que transcende fronteiras culturais, sociais e econômicas. As estatísticas revelam a magnitude do problema e a urgência de ações eficazes para combatê-lo. De acordo com a ONU Mulheres, uma em cada três mulheres no mundo – o que equivale a cerca de 736 milhões de mulheres –  já sofreu violência física ou sexual, muitas vezes nas mãos de um parceiro íntimo.

No Brasil, país em que o “Agosto Lilás” ganhou origem, os números também são expressivos. Enquanto a média global de mulheres violentadas fica em 27%, no Brasil, o número registrado pela pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Público, em parceria com o Instituto Datafolha, ficou em 33%. A pesquisa foi divulgada em 2023, mas tem relação com números coletados em 2022. 

Quando abrangeu o recorte da pesquisa para violência física, sexual e psicológica, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número chega a 43%.

Quais são os tipos de violência contra a mulher?

A violência contra a mulher não se limita apenas à violência física, mas engloba diversos tipos de abuso que podem ter impactos profundos na saúde física e mental das vítimas. Alguns dos principais tipos de violência incluem:

Violência Física

Envolve agressões físicas que causam dor, lesões ou até mesmo a morte. Isso pode incluir tapas, socos, estrangulamento e outras formas de violência que causam danos ao corpo.

Violência Sexual

Compreende qualquer ato sexual não consensual, incluindo estupro, coerção sexual e exploração sexual. Também inclui o casamento forçado e outras práticas prejudiciais.

Violência Psicológica

 Engloba ações que causam danos emocionais, como humilhação, manipulação, controle excessivo, ameaças e intimidação. Esse tipo de violência muitas vezes é subestimado, mas pode ser igualmente destrutivo.

Violência Patrimonial

Refere-se à privação do acesso da mulher aos seus próprios bens, recursos e patrimônio, bem como ao dano deliberado a esses bens.

Violência Moral

Inclui a disseminação de rumores difamatórios, calúnias e outros comportamentos que visam manchar a reputação da mulher.

Violência Digital

Surgiu com a ascensão da tecnologia e das mídias sociais, e inclui assédio online, vazamento de fotos íntimas sem consentimento e ameaças virtuais.

Importância da Campanha e Como Realizar Denúncias

A campanha Agosto Lilás é de extrema importância para alertar a sociedade sobre a violência contra a mulher, desconstruir estereótipos de gênero e promover a igualdade. Ela desempenha um papel fundamental ao incentivar as vítimas a romperem o silêncio e buscarem ajuda, bem como ao educar a população sobre a responsabilidade coletiva de criar um ambiente seguro e respeitoso para todas as mulheres.

Denunciar casos de violência é essencial para combater esse problema. Existem várias formas de buscar ajuda e realizar denúncias:

  • Polícia: Em casos de emergência ou risco iminente, entre em contato com as autoridades policiais locais. A polícia está habilitada a agir rapidamente em situações de violência.
  • Central de Atendimento à Mulher: No Brasil, o número 180 é a Central de Atendimento à Mulher em situação de violência. O serviço oferece orientações, suporte emocional e encaminhamento para os órgãos competentes.
  • Delegacias Especializadas: Muitas cidades possuem delegacias especializadas em atender casos de violência contra a mulher. Essas delegacias são projetadas para garantir um tratamento sensível e especializado às vítimas.
  • Organizações Não Governamentais (ONGs): Existem várias ONGs que trabalham para apoiar as mulheres vítimas de violência. Elas oferecem assistência jurídica, psicológica e social, além de promoverem a conscientização e a defesa dos direitos das mulheres.
  • Redes Sociais e Internet: Em alguns países, é possível denunciar casos de violência por meio de plataformas online. Muitas organizações têm presença digital

O Agosto Lilás é um momento importante para combatermos o problema da violência contra a mulher, mas vale lembrar, que a luta não acaba aqui. À medida que nos despedimos deste mês de conscientização, devemos lembrar que a luta contra a violência não deve ser limitada a um período específico. Devemos estender nosso compromisso ao longo de todo o ano, trabalhando em conjunto para erradicar a cultura do silêncio e da impunidade. 

Cada ato de denúncia, cada conversa esclarecedora e cada passo rumo à igualdade formam um tecido de mudança que eventualmente moldará um futuro mais seguro e equitativo para as gerações vindouras.

Se você foi ou é vítima de violência contra a mulher, não fique em silêncio, denuncie. 

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