AraKetu, Elza e Afroturismo com Larissa Luz, no Mais Preta

Larissa Luz transcende criação. Cantora, atriz, compositora, produtora, apresentadora e empresária, está preparando seu quarto álbum de estúdio. A artista, que deu vida à Elza Soares no teatro, começou a carreira aos 19 anos na banda de axé AraKetu, apesar de ter uma adolescência roqueira.

No +Preta da semana, Larissa Luz perpassa suas memórias musicais desde o início, que começou com sua mãe, Dona Regina, que ouvia de É o Tchan a Djavan.

Larissa Luz prepara seu quarto álbum de estúdio | Foto: Caio Lírio / Divulgação

Larissa Luz

Nascida em Salvador, Larissa Luz estudou canto, teclado, violão e teatro e começou a carreira cantando em bares e casas noturnas da cidade. De 2007 a 2012, foi vocalista da AraKetu – com a qual gravou CDs e DVDs e apresentou-se em diversos palcos por todo o Brasil e fora dele.

Álbuns

Em 2012, seguiu em carreira solo e lançou seu primeiro álbum, “Mudança”. Em 2015, foi contemplada com o troféu de Melhor Intérprete Feminina, no 1º Prêmio Caymmi de Música, realizado no Teatro Castro Alves, em Salvador.

Contemplando um discurso potente de empoderamento, ancestralidade e afrofuturismo, Larissa Luz lançou seu segundo trabalho, “Território Conquistado”, em 2016, sendo indicada ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

Ainda em 2016, participou da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, acompanhando Elza Soares na canção Canto de Ossanha, de Baden Powell e Vinicius de Moraes.

Em 2019, Larissa lançou seu terceiro álbum solo, “Trovão”, eleito um dos 25 melhores álbuns brasileiros do primeiro semestre daquele ano, pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Elza Soares

Em 2018, Larissa Luz conquistou os palcos Brasil afora ao interpretar de forma primorosa Elza Soares na celebrada peça de teatro “Elza – O Musical”, da qual também foi co-diretora musical e com a qual recebeu o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz em Musicais.

Multi-artista

Em 2019, integrou o time de canto da São Clemente, escola do grupo especial do Carnaval do Rio de Janeiro, cantando ao lado de Leozinho Nunes e Bruno Ribas, na reedição do samba-enredo E O Samba Sambou, de 1990.

Como curadora, em 2020, foi a responsável pelo line-up da primeira edição brasileira do Afropunk, um dos principais eventos de cultura negra do mundo.

Desde 2022, Larissa também é uma das apresentadoras do programa Saia Justa, no canal GNT. Também em 2022, a artista lançou seu mais recente trabalho, o EP Deusa Dulov (Vol 1).

A conexão passado, presente, futuro, para mim, é o princípio da criação da música e da arte.

AraKetu era muito do rock roll, né?“. Foi a conclusão que Larissa Luz chegou após analisar a história da banda que começou como um bloco afro. A artista, com 15 anos, fazia parte de um grupo que cantava música brasileira. Um dos temas de estudo foi o bloco Ilê Aiyê. Essa conexão a fez perceber que AraKetu, em suas palavras, tinha a “atitude rock ‘n’ roll” de transformação.

O fato acima fez com que Larissa aceitasse o convite de integrar a banda, onde aprendeu com a experiência dos músicos. O processo, segundo a artista, foi importante para o processo de reconhecimento de sua negritude.

No +Preta, Larissa Luz relembra suas memórias musicais mais pretas | Foto: Divulgação/Montagem

Ouça o episódio na íntegra:

Sobre o ‘+Preta’

+PRETA coloca no dial da Novabrasil músicas cantadas e/ou compostas por artistas negros e negras brasileiras de diferentes gerações. O programa embarca na diversidade da produção contemporânea, mas não perde a chance de apresentar clássicos e raridades.

Sem preconceitos e com muito afeto o +PRETA celebra a beleza e força criativa da música brasileira a partir da experiência de uma pessoa negra.

A cada edição, um/uma artista, personalidade, ou intelectual negra divide com o público suas memórias musicais + pretas em quadros especiais como: o samba da vida, a música da família, o som revolucionário, o hit que inspirou uma mudança.

No comando do microfone, a apresentadora Adriana Couto, uma das profissionais mais conhecidas do jornalismo cultural.

Confira a playlist oficial do programa:

Por: Bianca Sousa

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