O Guarani sonha com o acesso. Quer disputar a primeira divisão em 2024. A derrota para o Botafogo de Ribeirão Preto não foi suficiente para tirar o ânimo do técnico Umberto Louzer. Sua ideia é buscar uma nova formação, animar os reservas e buscar os pontos necessários.
Neste enredo intrincado, já falei por diversas vezes que, caso o Guarani alcance um final feliz, o mérito será quase todo para os jogadores, Comissão Técnica e o Superintendente Executivo de Futebol, Lucas Drubscky. Errou em algumas contratações? Sim. Mas convenhamos que o orçamento colocado à disposição dele é muito aquém para quem sonha em disputar a Série A do Campeonato Brasileiro.
Assim como em um filme ou novela de sucesso, em determinados instantes, nós queremos que coadjuvantes assumam papel relevante. Esse é o problema do Guarani. Integrantes do Conselho de Administração e seu executivo mais graduado renunciaram a esse protagonismo. Estão escondidos da opinião pública enquanto apoiadores utilizam as redes sociais apenas e tão somente para atacar e depreciar quem utiliza discurso contra a corrente e apontam essa incoerência.
Perder do Botafogo/SP é dolorido. Pior é verificar que nenhum integrante do Conselho de Administração ou da cúpula remunerada do clube tiveram disposição para enfrentar as perguntas dos jornalistas. Umberto Louzer e Lucas Drubscky ocuparam uma vaga que deveria ser preenchida por outros personagens, que todos sabem quem são.
Essa renúncia ao protagonismo gera dúvidas legítimas no torcedor. Esse nervosismo do elenco nos jogos tem recebido atenção da diretoria? Já pensaram em aumentar o valor da premiação em caso de acesso? A direção do clube está satisfeita em relação a infraestrutura colocada à disposição dos atletas? E as indiretas ditas pelo treinador e o executivo de futebol? Não há resposta? É um comportamento distante e vazio que não se espera de um comando que disputa o acesso. Ainda existe tempo de correção de rota.
Que os dirigentes tenham discernimento para perceberem as características da equipe que comandam. Personagens como Luiz Roberto Zini, Marcelo Mingone e Horley Senna conseguiram arregimentar admiradores porque não recusaram participação em entrevistas. Esclareciam as tomadas de decisão da gestão. Torcedor gosta de dirigente que esclareça e converse com as arquibancadas. O torcedor do Guarani quer o acesso. Mas também quer dirigentes que deem a atenção que o torcedor merece.