O desembargador Marcelo Freire Gonçalves, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT), aceitou um pedido de tutela de urgência e suspendeu uma liminar que impedia Edivaldo Santiago de assumir a presidência do SindMotoristas, Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo.
A decisão é de caráter imediato e reconhece a legalidade das eleições realizadas no dia 21 de novembro. Na ocasião, diversas denúncias de fraude foram registradas e uma confusão generalizada foi observada na sede do sindicado. A Polícia Militar foi chamada após um motorista ser baleado na garagem do local.
No dia seguinte, um protesto de motoristas pegou a Prefeitura da capital de surpresa e obrigou a gestão municipal a suspender o rodízio de veículos. Houve depredação de coletivos e a circulação dos ônibus ficou comprometida.
Na decisão publicada nesta sexta-feira (8), o desembargador escreve que a autonomia sindical precisa ser respeitada e que os indícios de irregularidades não foram comprovados.
No entanto, aliados do Edivaldo Santiago chamaram a Polícia Militar por volta das 6h30 alegando que estavam sendo impedidos de entrarem no sindicado. Eles afirmam que o candidato derrotado, Valdevan Noventa, que continua no comando da entidade, trancou o prédio e deu folga a todos os funcionários.
De acordo com a corporação, houve tumulto mas ninguém ficou ferido.