O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou um aumento de 30% no salário mínimo no total entre fevereiro e março. A decisão ocorre em meio a uma inflação de 254% ao ano no país.
Por meio de nota, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical da Argentina, afirmou que o governo Milei “rompeu uma longa tradição de diálogo social”. Os sindicalistas pediam aumento de 85% diante do índice histórico de inflação.
Nos dois primeiros meses do governo Milei, a inflação mensal na Argentina atingiu 25,5% (em dezembro) e 20,6% (em janeiro). Os efeitos mais agudos da crise poderão ser sentidos entre abril e maio.
O aumento estabelecido pelo governo foi de 180 mil pesos para fevereiro (equivalente a R$ 1.007). E em 202,8 mil pesos para março (R$ 1.136 na atual cotação). O valor representa um aumento de 30% em relação ao valor atual.
De acordo com um estudo do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica, a pobreza atinge 57% da população. O valor é o mais alto de pobreza registrado pela medição nos últimos 22 anos.
Desde a posse, em dezembro do ano passado, Javier Milei impôs diversas medidas de corte de gastos no país. O balanço para as finanças do setor público argentino foi positivo no primeiro mês completo: o superávit foi de cerca de R$ 2,93 bilhões no câmbio oficial.
Em reportagem publicada no portal UOL nesta quarta-feira (21), diversos brasileiros estão sendo barrados de entrar na Argentina mesmo com o acordo acordo bilateral que permite aos cidadãos dos dois países permanecerem em solo estrangeiro por até 90 dias.