Guerra da Ucrânia faz 2 anos e “redesenha” mapa de poder do mundo

A guerra da Ucrânia chega ao segundo ano neste sábado (24) desafiando as análises dos especialistas e cheia de incertezas.

No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia deu início ao que chamou de operação militar especial no território ucraniano. O objetivo do Kremlin era, em tese, impedir a entrada do vizinho na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), organização militar liderada há décadas pelos Estados Unidos.

Na época, alguns especialistas apostavam que a operação russa fosse rápida, mas o apoio da Otan à Kiev, com bilhões de dólares vindos principalmente dos americanos e da união europeia, modificaram o panorama da guerra e manteve a Ucrânia resistente.

Durante o Jornal Novabrasil desta sexta-feira (23), o professor de Relações Internacionais Leonardo Trevisan explica que a guerra transformou o cenário geopolítico.

“A gente tem que pensar que essa guerra redesenhou o mapa de poder no mundo, o tal do mapa geopolítico. Um dos redesenhos é econômico: quem faz negócios com quem. Até a guerra, o grande comprador de petróleo e de gás russo era a Europa. A Rússia passou a ter freguês novo: China e Índia. Mas não são só eles. Se você olhar os derivados de petróleo, em 2023 o maior fornecedor de óleo diesel para o Brasil foi a Rússia. Sabe qual é o motivo? A Rússia tá vendendo mais barato. Os chineses, os indianos e até os brasileiros já estão percebendo isso”, afirmou Trevisan.

Ele afirmou ainda que um dos pontos de maior preocupação é o fato de ser difícil prever qual o tamanho da força nuclear de cada país.

“O controle nuclear parou de existir, eu chamo atenção também para isso. O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, talvez uma das coisas mais complexas que ele tenha feito, foi ter saído dos acordos nucleares com os russos de médios ou de longo alcance”, analisou ao longo da entrevista.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA COM O PROFESSOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA ESPM, LEDONARDO TREVISAN:

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