Um incêndio tomou conta de um apartamento na Rua Hércules Florence, em Campinas, na noite do último sábado, 24. Diversas explosões foram registradas e mais de 40 moradores precisaram ser resgatados, inclusive, de rapel.
Ao todo, o coronél do Exército guardava, no apartamento que estava desocupado, mais de 60 armas de fogo, como rifles e fuzis, três mil munições e uma granada. O fogo começou após um artefato explodir dentro de um cofre no imóvel, o que desencadeou uma série de explosões.
Nossa equipe de reportagem conversou com um especialista em segurança sobre o caso. Robinson Cabral de Oliveira diz que ainda são muitas dúvidas a serem respondidas principalmente sobre a autorização de armazenagem dessas armas e munições.
O especialista diz que o armazenamento de granada não é permitido em hipótese alguma. Segundo ele esse tipo de munição é permitido exclusivamente para o uso das forças armadas, devido ao alto poder de destruição. Mas que é necessário ainda analisar se a granada estava ou não carregada.
Outra questão a ser respondida é sobre a autorização do Colog – Comando Logístivo do Exército Brasileiro. A legislação atual permite que oficiais a possuam apenas 6 armas. Sendo 5 de uso restrito do exército. Além de limitar a quantidade de munições. Porém se o oficial na legislação anterior já possuía essas armas, ele pode estar dentro da legislação.
Apartamento segue interditado
Na manhã desta segunda-feira, 26, equipes da Polícia Civil e Defesa Civil devem realizar perícia no local e retirar os restos de materiais explosivos.
Relembre o caso
Na noite de sábado, 24, um incêndio atingiu um apartamento localizado na Rua Hércules Florence, no Condomínio Fênix, em Campinas. Diversas explosões foram registradas no local, que armazenava três mil munições.
Todos os moradores foram retirados do prédio. Para realizar o resgate, os bombeiros precisaram usar coletes balísticos, em virtude da quantidade de munições armazenadas.
