Uma mulher, vítima anteriormente de violência doméstica, estava sendo vigiada pela janela da sua casa por seu ex-companheiro, quando acionou o ‘botão do pânico’ e a GCM (Guarda Civil Municipal) compareceu ao local, prendendo o indivíduo que descumpriu a medida protetiva.
O homem não poderia chegar a 100 metros de distância da mulher, mas foi abordado pela equipe ainda olhando pela janela para dentro da residência dela.
A vítima pediu socorro pelo aplicativo Sentry SOS, que monitora vítimas de violência doméstica assistidas pelo grupamento Guardiã Maria da Penha. Segundo a Prefeitura de Praia Grande, onde o caso aconteceu, o homem partiu para cima das autoridades no momento da abordagem, e os agentes precisaram aplicar o “uso moderado de força” para conter o suspeito, que recebeu voz de prisão e foi levado para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade, onde o delegado confirmou a prisão em flagrante.
Esta é a segunda prisão realizada com o auxílio do aplicativo. “O trabalho realizado pelo projeto já vinha dando resultados, inclusive com outras dez prisões por descumprimento das medidas.” afirma o comandante da GCM Sérgio Silva Rocha.
Entenda sobre o aplicativo
“O aplicativo é um recurso a mais com o objetivo de oferecer mais segurança às mulheres que são atendidas pelo projeto Guardiã Maria da Penha e evitar que voltem a ser agredidas ou até mesmo mortas”, explicou o comandante, sobre o aplicativo que já funciona desde o início do ano.
No app é possível monitorar a localização exata de vítimas de violência doméstica em tempo real, além de acessar outras informações, como dados pessoais e fotos do agressor. A mulher também pode anexar fotos.
A função mais importante, porém, é o ‘botão do pânico’, em que a vítima pode acionar quando estiver em perigo e imediatamente as informações são acessadas e uma viatura da GCM é encaminhada ao local do acionamento.
O Projeto Guardiã Maria da Penha é realizado em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo. As equipes da GCM que atuam no projeto realizam visitas domiciliares periódicas e acompanham o cumprimento das medidas protetivas aplicadas pelo Poder Judiciário, entre outras ações como o encaminhamento à Delegacia de Polícia ou serviços sociais, quando necessário.