Nesta quarta-feira (8) foi realizado o 16º mutirão de combate ao Aedes aegypti de 2024 em Santos, que percorreu o bairro Castelo, na Zona Noroeste. Foram vistoriados 1.493 imóveis, sendo eliminados 15 focos com larvas de mosquito, totalizando 1.177 encontrados somente neste ano.
Toda a ação mobilizou 63 agentes de combate a endemias e mais 25 agentes e um caminhão da Terracom, para a retirada de materiais inservíveis, que têm potencial para gerar criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana.
A aposentada Denise Campolino, 69, destacou a importância da participação de toda a vizinhança no combate à dengue. “Gostaria que todos cooperassem. Infelizmente, muitas pessoas não permitem que se entre na casa e essa doença é muito séria. Por isso eu tomo todos os cuidados, se aparece mosquito eu já coloco inseticida, não só por mim, mas por todas as outras pessoas”.
A dona de casa Cristina Dias, 58, diz que nunca teve dengue e que aprova a visita do mutirão em sua casa. “É bom para todo mundo. Até para ter consciência sobre os cuidados necessários. Eu não deixo água parada, troco a água do cachorro e coloco sal grosso todo dia nos ralos”.
Dicas de combate
- Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas
- Pias – verificar vazamentos e manter ralo vedado
- Ralos no chão – tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana
- Bandeja externa de geladeira – verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca
- Vaso sanitário e caixas de descarga – manter tampados
- Calhas e lajes – caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema
- Caixas d’água – verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas
- Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas – verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente
Ciclo do mosquito
As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito. Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.