Mãe que tirou filho à força da avó paterna sumiu com a criança; delegada pede quebra de sigilo telefônico

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No dia 23 de abril, pela manhã, Manuela Xavier, de 40 anos, tirou seu filho à força dos braços da avó paterna, que levava a criança à escola, no bairro Ponta da Praia, em Santos, litoral paulista. Desde então, a Polícia Civil trabalha para identificar o paradeiro da mãe com a criança, para devolver Lorenzo, de 5 anos, ao pai, Eduardo Cassiano, quem possui a guarda do menor na Justiça.

A polícia já havia divulgado que a localização da mulher havia sido descoberta por meio do sinal de celular dela, que indicou a região onde estaria com a criança. As investigações estavam voltadas para identificar o endereço exato em que ela se encontrava.

Manuela, porém, trocou de telefone, e portanto, não há mais informações de onde a mulher está. A delegada pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico da mulher e, agora, aguarda por uma resposta.

Os detalhes da investigação não serão divulgadas pois o inquérito policial está sob sigilo.

Relembre o caso

No último dia 23, pela manhã, Manuela Xavier, de 40 anos, tirou seu filho à força dos braços da avó paterna, que levava a criança à escola, no bairro Ponta da Praia, em Santos, litoral paulista. O caso repercutiu nas redes sociais devido a forma em que a ação aconteceu, visto que o garoto, Lorenzo, de 5 anos, parecia assustado.

Um carro a esperava, enquanto Lorenzo era puxado pela mulher, e colocado dentro do veículo. O pai da criança, Eduardo Cassiano, de 51 anos, é quem tem a guarda do menor na Justiça, e a divide junto com sua mãe (avó do menino). Manuela, portanto, tem o direito de visitas e de acompanhar e supervisionar as decisões quanto à criação do filho.

Porém, após o ocorrido, Eduardo alega que Manuela não era presente na vida de Lorenzo, que fazia poucas visitas e que já vinha alegando que iria se mudar para Aracajú (SE), e que levaria o menino “independente do genitor concordar ou não”. Uma tutela de urgência foi pleiteada para firmar o direito do pai e da avó, na ocasião.

A mulher enviou um vídeo para a Equipe TH+, se defendendo e dizendo que sua ação foi um “ato de desespero”. Em sua fala, Manuela também afirma que a história não é do jeito que Eduardo conta, e alega ter inclusive boletins de ocorrência contra o homem por agressão.

Ela também diz que Lorenzo está bem, que quer ficar com ela, mas que o pai não deixa ela ter contato com o menino desde o começo do ano por não aceitar o término da relação.

Um mandado de busca e apreensão do garoto foi expedido, e as buscas e investigações seguem pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) junto à Polícia Civil.

No inquérito, despachado no dia 5 de maio, Dois homens foram indiciados, pois teriam trabalhado em conjunto com Manuela, cada um tendo uma função para a ação ser bem sucedida. Maxwell Vegner Martins Nunes, de 38 anos, foi o motorista do carro em que a mãe fugiu, e já havia sido localizado.

Em seu depoimento, os passageiros foram deixados em uma estação de metrô, em São Paulo. Ele afirmou não saber que Manuela teria “subtraído” a criança.

O segundo homem identificado, trata-se de Erivan Francisco da Silva, de 41 anos, reconhecido pelo pai de Lorenzo como ex-cunhado da mãe do menino. Ele aparece no vídeo, de camiseta azul, fora do carro, e foi o responsável em garantir que Manuela conseguisse levar a criança sem ser impedida.

As investigações, que antigamente eram tratadas como ‘subtração de incapaz’, agora podem ser consideradas como ‘cárcere privado’, que significa deter alguém indevidamente e contra sua vontade, com liberdade restrita.

A dupla ainda não foi presa, e o pai e a avó paterna de Lorenzo, seguem sem notícias do menino.

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