Fernanda Montenegro e Othon Bastos emocionam em encontro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Fernanda Montenegro, 94, assistiu ao segundo dia de ensaio aberto do espetáculo “Não me entrego, não”, protagonizado por Othon Bastos, 91, e o encontro dos veteranos emocionou quem acompanhou a conversa, após a apresentação, no Teatro Vannucci, no Rio de Janeiro.

“A gente soma quase 200 anos”, disse a atriz, enquanto abraçava o amigo. Ela chorou e elogiou o ator. “Você nunca errou. Seus personagens sempre foram perfeitos”.

Fernanda também falou sobre a importância de estarem no teatro após décadas de carreira artística. Disse que, enquanto a cabeça funciona, o corpo acompanha.

“São quase 100 anos de uma vida intensa, de sobrevivência artística”, ela destacou, mencionando as duas trajetórias. A atriz lembrou da censura durante a ditadura militar e de uma proposta que surgiu na época de parar o teatro como forma de protesto.

Ela foi contra. “Se a gente parar, não vamos voltar”, disse. “O ato mais desafiador é a gente não deixar de vir”.

Os dois fizeram juntos o filme “Central do Brasil”, de Walter Salles. A personagem Dora, professora aposentada que escreve cartas para pessoas analfabetas, levou Fernanda a concorrer ao Oscar de melhor atriz. Othon interpretou César, um caminhoneiro evangélico por quem a mulher se apaixona.

“Não me entrego, não” estreia na sexta-feira (14) como uma homenagem a Othon pelos 91 anos de idade e 71 de carreira. No espetáculo, ele lembra fatos marcantes de sua vida.

Fernanda Montenegro celebra seus 80 anos de carreira com a leitura dramatizada de “A Cerimônia do Adeus”, de Simone de Beauvoir (1908-1986), no Teatro Raul Cortez, que fica no Sesc 14 Bis, em São Paulo.

Os ingressos para a temporada de cerca de um mês foram disputados nesta terça-feira (11), quando começaram as vendas online. O sistema de venda de ingressos do Sesc chegou a travar e a maior parte dos ingressos online esgotou.

Na obra, a escritora e filósofa francesa narra a última década de vida do marido, o filósofo Jean-Paul Sartre (1905-1980). “Organizei rigorosamente essa importante obra durante dois anos”, disse a atriz. A primeira leitura foi em 2023, na Academia Brasileira de Letras, onde ela ocupa a cadeira número 17.

Redação / Folhapress

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