Mitos do autoconhecimento: o que realmente importa no caminho do crescimento pessoal

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O autoconhecimento é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões sobre desenvolvimento pessoal, mas ao mesmo tempo, ele está cercado de mitos e equívocos que podem prejudicar aqueles que buscam um verdadeiro crescimento. 

Renato Troglo, especialista em autoconhecimento, esclarece alguns dos principais mitos que envolvem esse processo e alerta sobre os perigos de informações incorretas disseminadas, especialmente nas redes sociais.

Segundo Renato, um dos mitos mais comuns é acreditar que o autoconhecimento é um processo fácil e rápido. “De maneira nenhuma é algo simples ou imediato. O autoconhecimento demanda tempo e coragem, pois envolve reviver traumas e momentos difíceis da vida. As pessoas precisam entender que as mudanças não ocorrem como em uma máquina, onde se aperta um botão e tudo se resolve. É preciso diluir comportamentos e informações construídas ao longo de anos, e isso não acontece de uma hora para outra”, explica.

Outro equívoco apontado por Renato é a ideia de que o autoconhecimento leva necessariamente à felicidade e ao sucesso. Ele ressalta que esses conceitos são subjetivos e dependem das definições individuais. “O que é sucesso para você? Trabalhar em um bar à noite e ter as manhãs livres pode ser o que faz alguém feliz, e isso é o verdadeiro sucesso para essa pessoa. O autoconhecimento ajuda a identificar o que realmente importa e a traçar um caminho de vida mais alinhado com esses valores”, destaca.

Renato também chama a atenção para a proliferação de profissionais despreparados oferecendo cursos e terapias de autoconhecimento. “Infelizmente, com a popularidade do tema, muitos profissionais mal preparados estão vendendo fórmulas mágicas que prometem transformações rápidas. Isso pode ser muito perigoso, pois um tratamento mal conduzido pode piorar a situação de uma pessoa”, alerta.

Além disso, o especialista esclarece que o autoconhecimento não deve ser confundido com introspecção ou autoajuda. “Enquanto a autoajuda oferece estímulos temporários para mudar estados emocionais e a introspecção nos faz enxergar nossos erros, o autoconhecimento vai além. Ele envolve enfrentar esses erros, sofrer com o passado, e reconstruir novas emoções e comportamentos de forma profunda e duradoura”, afirma Renato.

Por fim, ele destaca o impacto negativo das redes sociais na busca pelo autoconhecimento. “As redes sociais criam uma cultura de validação externa, onde as pessoas acreditam que precisam se encaixar em padrões irreais para ter sucesso. Isso gera frustração e perpetua sentimentos de inadequação. É essencial que as pessoas se afastem dessa ilusão e busquem um autoconhecimento genuíno, que as conecte com suas verdadeiras necessidades e valores”, conclui.

Renato Troglo reafirma que o autoconhecimento é um processo contínuo e transformador, mas que exige paciência, dedicação e o suporte de profissionais qualificados. “Não se trata de alcançar uma felicidade ou sucesso imediato, mas de entender quem você é, o que você quer, e como trilhar um caminho que realmente ressoe com a sua essência”, finaliza.

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