Na última semana, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que o governo irá licitar no primeiro semestre de 2025 o STS10, novo grande terminal de contêineres no Porto de Santos. A mudança poderá acarretar em mais de 2 mil trabalhadores desempregados, o que motivou um protesto na frente da sede da Autoridade Portuária de Santos (APS), nesta sexta-feira (30).
Com faixas com “STS10 trás o desemprego e a fome para trabalhadores do Porto de Santos”, funcionários portuários foram às ruas contra o novo projeto. Estiveram presentes os seguintes presidentes dos sindicatos: SINDOGEESPE (Sind. dos Operadores de Guindaste e Empilhadeiras), Guilherme do Amaral Távora; SINTRAPORT (Sindicato dos Operários e Trabalhadores Portuários em Geral nas Administrações dos Portos e Terminais Privativos e Retroportos do Estado de São Paulo), Robson Gama; e SINDESTIVA (Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão), Bruno José dos Santos.
Paulo Alexandre Barbosa, deputado federal e presidente da Comissão Parlamentar de Portos e Aeroportos, por meio de suas redes sociais manifestou apoio ao movimento dos trabalhadores portuários contra o encerramento das atividades da empresa Ecoporto. “O parlamentar afirmou ter conversado com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para que o Governo ache uma solução para manter os postos de trabalho, garantindo que as 2,5 mil famílias da Baixada Santista não sejam afetadas negativamente”, finalizou em nota.
Entenda
“A gente tem trabalhado fortemente na construção do STS10, que é uma pauta que vai unir o Brasil. É uma pauta muito importante que a gente espera no próximo ano estar fazendo esse leilão aqui na B3”, disse o ministro Silvio Costa Filho no anúncio da última semana.
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A APS iniciou em 2023 um processo para repartir a área que já havia sido destinada ao novo terminal de contêineres em três projetos, sendo estes: um novo terminal de passageiros, e a repactuação de dois contratos de arrendamento na mesma região (Ecoporto e BTP), para que ampliassem suas áreas.
O anúncio causou fortes reações no mercado de navegação, além de ter gerado oposição na área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União). Durante sua fala, também foi confirmado que a Ecoporto não terá o contrato renovado.
“A gente, nesse processo, a gente entende a importância de cada vez mais ampliar a capacidade do porto de Santos. A gente está modelando um plano estratégico que dialoga com o STS10, com o adensamento da DP World, o adensamento da Santos Brasil, entre outras áreas que precisam ser ampliadas para a gente aumentar a capacidade”, disse Silvio Costa Filho.