O comissário da União Europeia declarou, na última quinta-feira (14), que os países presentes na Conferência das Partes (COP) 29 estão longe de chegar a um acordo sobre a meta coletiva para financiar os investimentos contras as mudanças climáticas. Este financiamento é o foco da COP 29 e tem como objetivo dar suporte a países em desenvolvimento para que façam uma transição energética.
A advogada marítima Cristina Wadner, do escritório Cristina Wadner Advogados Associados, afirma que, além da manutenção das metas do Acordo de Paris, outra questão importante da COP 29 é o financiamento de recursos dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento.
“Os países mais pobres precisam desses recursos para poder investir e cumprir suas respectivas metas de diminuição do gás de efeito estufa e adaptação climática. Acontece que os países desenvolvidos e, portanto, industrializados, não querem ‘pagar a conta’ dos países em desenvolvimento, mesmo que já tenham utilizado carbono para chegar no nível de desenvolvimento que estão”, diz.
A advogada marítima ressalta que o combustível fóssil não irá desaparecer do planeta de uma hora para outra. “Os países mais pobres ainda vão precisar deste tipo de combustível para se desenvolverem, pois precisam ter uma chance de progresso econômico e social a um nível que possam ser considerados países desenvolvidos”, afirma Wadner.