Golpes financeiros superam R$ 10 bi em prejuízos em 2024 no Brasil

Reprodução

O prejuízo com golpes financeiros no Brasil superou R$ 10 bilhões em 2024, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O volume representou um aumento de 17% em relação a 2023, que registrou R$ 8,6 bilhões.

De acordo com a entidade, a maior parte do prejuízo se concentra na fraude dos cartões de crédito, porém os golpes envolvendo o Pix também estão em alta. No acumulado de dois anos, os prejuízos somaram R$ 2,7 bilhões.

Em fevereiro do ano passado, o Ministério da Justiça divulgou que 36% dos brasileiros foram vítimas de golpes ou tentativas de golpe, sendo os mais recorrentes a clonagem ou troca de cartões bancários (44%), golpe da falsa central de cartões (32%) e pedidos de dinheiro por suposto conhecido no WhatsApp (31%). Das vítimas, pessoas com mais de 60 anos são consideradas as mais vulneráveis.

Existem ainda outros golpes, como estelionatários que se passam por funcionários de bancos e induzem as vítimas a passar dados pessoais; o golpe do falso boleto; correspondência física ou eletrônica fraudulenta, entre tantos outros.

O especialista em Cibersegurança da PierSec, Alex Vieira, alerta para as várias possibilidades de uso fraudulento das informações.

“Por meio dos dados adquiridos, criminosos podem abrir contas bancárias, vender as informações para pessoas igualmente mal-intencionadas em qualquer lugar do mundo, além, é claro, da perda de quantias importantes de dinheiro. São incontáveis as consequências. Ter o aplicativo do banco em seu celular facilita muito a vida, mas também facilita as ações de criminosos. Por isso, é importante estar atento a qualquer link ou ligação suspeita, consultar e conferir os canais oficiais de instituições bancárias”, explica Alex.

Para evitar dores de cabeça e prejuízos, o especialista aconselha: “O cartão é de uso individual, portanto, nunca o entregue ao vendedor para passar na maquininha durante a compra. Preste também atenção no valor digitado na tela, pois golpistas aproveitam distrações para inserir valores muito mais altos”, diz.

Um golpe que se populariza cada vez mais é o da fraude bancária, na qual criminosos falsificam números de bancos – a prática do Spoofing – e se passam por funcionários da instituição, ou então entram em contato por carta ou e-mail fazendo cobranças indevidas ou solicitando dados pessoais, e mesmo enviando mensagens ou fazendo ligações de urgência sobre supostos gastos desconhecidos. Alguns criminosos criam ainda sites com endereços eletrônicos muito semelhantes aos originais, para induzir o usuário ao erro.

“É preciso muita atenção nesses casos. Se houver dúvidas, os cartões costumam ter, na parte de trás, a URL do site e os números dos canais oficiais. Por meio deles, também aconselho confirmar com as instituições por quais meios eles costumam fazer cobranças, e pedir orientações sobre como utilizar os serviços de maneira segura”, aconselha Alex. “Mas, uma dica que é de praxe, é nunca passar informações pessoais como senhas por telefone ou para e-mails e muito menos para supostos funcionários que entram em contato de forma aleatória”, conclui.

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