Professores da rede municipal de ensino de São Vicente, estão desde quinta-feira (3) em greve, após o Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na Educação (Sintramem) rejeitar a proposta do reajuste salarial apresentado à categoria. Após uma nova assembleia, as manifestações foram mantidas até pelo menos a próxima quinta-feira (10), quando completarão uma semana.
Nesta terça-feira (8), atos foram programados pela manhã e à tarde na Câmara. Na quarta ocorrerão carreatas nas principais vias da cidade, na quinta as manifestações serão na Prefeitura e na Secretaria de Educação pela manhã, e a tarde será também na Câmara. Neste dia, acontecerá uma nova assembleia no Sintramem.
O reajuste proposto para 2025 foi de 3,5% no salário base dos profissionais da educação, além de acréscimo de R$ 100 mensais no Auxílio Educação. O sindicato, porém, reinvidica correção inflatória de 4,82%, um plano de recuperação salarial de 13,07% referente ao período de 2021 a 2023, aumento na cesta básica, de R$ 400,00 para R$ 805,84, e reajuste no auxílio educação, de R$ 250 para R$ 700,00.
Desde o começo da greve, as aulas nos bairros como Humaitá, Catiapoã, Vila Margarida, Vila Mateo Bei, Cidade Náutica, Rio Branco e Centro, foram prejudicadas por falta de professores.
A Equipe do TH+ entrou em contato com a Prefeitura de São Vicente para um posicionamento atualizado da pasta sobre o caso. A mesma se pronunciou em nota.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de São Vicente informa que a adesão de professores à greve teve uma redução no dia de hoje, porém o sindicato da educação ainda está desobedecendo a determinação judicial de ao menos 70% dos profissionais em sala de aula. Por conta disso, 30 escolas tiveram suas aulas comprometidas. A administração municipal já solicitou à justiça as medidas legais cabíveis para que as crianças e suas famílias não continuem sendo prejudicadas.
Importante ressaltar que, desde 2021, o salário desses profissionais subiu em 45%, obtendo ganhos acima da inflação. Quanto a uma nova proposta, a Prefeitura ressalta que o governo federal reduziu em -6% os recursos da Educação para o ano de 2025 e que por essa razão não tem como melhorar o valor disponível em mesa sem comprometer o pagamento dos salários e os investimentos nas melhorias das escolas, mas segue aberta para ouvir a categoria e pensar em outras melhorias de cunho não econômico.
“Mesmo com as receitas em queda desde 2023, honramos o aumento do professor. Basta olhar. O município pagava por aula 16 reais para um professor quando eu entrei. Hoje já paga quase 24 reais. Também nunca atrasamos salários. Coisa que era comum antigamente. É claro que queremos avançar mais, mas precisamos que os recursos venham, se não vamos correr risco de atrasar salários, e isso eu não aceito.” conclui Kayo Amado.



