Uma doença chamada Raiva – Por Eduardo Filetti

Eduardo Filetti
Eduardo Filetti
Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário e professor universitário, pós graduado em Clínica Veterinária de pequenos animais, além de mestre em Saúde Pública, É membro da Academia de Letras de Santos e especialista em Saúde Pública.
Créditos: Divulgação

A Raiva é uma doença viral contagiosa que pode ser contraída por mamíferos, como cães, gatos, morcegos e cavalos. Anteriormente chamada de Hidrofobia, pois alguns animais não conseguem beber água que acontece pela paralisia da musculatura mandibular.

Sendo uma zoonose, a Raiva pode ser transmitida para o homem através da mordida do animal ou pela salivação do mesmo em contato com uma ferida. A transmissor da raiva urbana são os cães e gatos e da raiva rural são os morcegos hematófagos (sugadores de sangue).

O mês de agosto é o mês oficial da vacinação contra Raiva. Cães e gatos devem ser vacinados uma vez por ano. Filhotes a partir de três meses já podem receber a vacina, e as fêmeas em gestação devem aguardar o desmame dos filhotes.

Os sintomas da Raiva se apresentam com diversos aspectos, dificultando assim uma padronização. Há duas modalidades do vírus; a raiva nervosa ou paralítica que apresenta sintomas como tremores, convulsões, câimbras e paralisia, e a segunda modalidade, a raiva agressiva, que deixa o animal
afônico, sem beber água e agressivo.

As duas podem apresentar estado febril, tremores, vomito, apatia e grande quantidade de salivação.

Pela literatura a Raiva não tem cura, é 100% fatal. Mais existem três casos no mundo inclusive um no Brasil onde os médicos conseguiram salvar os acometidos desta terrível doença, mais as pessoas ficaram com sequelas graves.

Somente com a vacinação previne-se o animal da doença. Observando-se alguns sintomas, deve-se prender o animal e consultar um veterinário. Jamais soltá-lo ou matá-lo, somente o veterinário pode confirmar o diagnóstico. Matar animais de estimação em nosso pais é crime!

No ser humano que for mordido, quando não houver condições de observar o animal suspeito, por morte ou fuga, deve-se imediatamente tomar a medicação. Caso o animal seja vacinado ou fique em local fechado deve ficar em observação para que os médicos vejam qual será a melhor terapia.

Graças aos órgãos governamentais e os médicos veterinários a nossa região esta sem casos desta doença a 20 anos, mais não podemos descuidar e devemos vacinar os nossos animais de estimação anualmente.

Como podemos acompanhar nos noticiários a vacina antirrábica pública deste ano apresentou problemas e foi suspensa mais a situação deve ser normalizada o mais rápido possível ,segundo informa a acessória do governo estadual. As clinicas particulares continuam vacinando normalmente pois  vacinam com
vacinas importadas da França, Holanda ou Estados Unidos.

Todo esforço é valido para acabarmos com esta terrível doença em nossa região e em nosso pais. “Vacine sempre seu animal contra a Raiva”

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