Animal de estimação propicia Saúde – Por Eduardo Filetti

Eduardo Filetti
Eduardo Filetti
Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário e professor universitário, pós graduado em Clínica Veterinária de pequenos animais, além de mestre em Saúde Pública, É membro da Academia de Letras de Santos e especialista em Saúde Pública.
Créditos: Divulgação

A ciência já comprovou que animais de estimação fazem bem à saúde. A informação vem de uma pesquisa realizada pela Universidade de Uppsala, na Suécia, que durou 12 anos e mostrou que, para pessoas que vivem sozinhas, a presença de cães diminui em 33% as chances de morte e em 36% o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A possibilidade de infarto cai 11%. Já para quem mora com mais pessoas, os benefícios são um pouco menores: risco de morte reduzido em 11% e de doenças do coração por volta de 15%.

O amor incondicional que os animais de estimação têm por seus tutores e vice-versa é essencial para o combate de diversas doenças, principalmente os males emocionais. Chamado de Pet terapia ou Terapia Assistida por Animais, o uso de bichos domésticos para fins terapêuticos já é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. 

Em alguns estados brasileiros, como Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul, leis foram sancionadas para permitir a presença de animais de estimação em hospitais públicos e privados. Esta é a forma de auxílio terapêutico, principalmente para os casos de depressão e ansiedade.

As pesquisadoras Andreia Maria Heins Vaccari e Fabiane de Amorim Almeida do Hospital Albert Einstein constataram que a visita dos animais para crianças doentes descontrai o ambiente, propicia maior interação do paciente com os profissionais e demais crianças.

A Pet terapia também contribui para que a criança se torne mais cooperativa nos procedimentos hospitalares, além de atuar como estratégia alternativa no alívio da dor e do desconforto. Ficou constatado que essa atividade traz benefícios não só para a criança, mas também para os adultos que cuidam dela.

Um estudo feito pela Universidade de Nova York, mostrou que os pets são uma das melhores maneiras de combater o estresse. A pesquisa testou níveis de estresse nas pessoas sozinhas, com seu parceiro, com seu animal e com seu parceiro e animal. Eles notaram que a ocasião de maior relaxamento e tranquilidade foi quando a pessoa estava com seu animal.

Está claro que a convivência reduz a sensação de solidão, de ansiedade e de depressão. O contato com os animais faz os seres humanos produzirem mais hormônios como a ocitocina, prolactina e a serotonina, que melhoram o humor.

Muitas famílias escolhem ter um cão para brincar com os filhos, outras preferem não ter animais pois acreditam que os filhos possam desenvolver alergias. Porém, a chance da criança se tornar alérgica é 40% menor quando ela tem um animal de estimação.

A convivência de crianças com animais de estimação desenvolve um sistema imunológico mais forte. Este efeito não acontece entre os adultos que já sofrem de alergias. Segundo cientistas da Universidade de Melbourne, uma pesquisa com aproximadamente 8.500 adultos, atestou que aqueles que tiveram contato com animais até os cinco anos de idade, tiveram menores taxas de alergia nasal na adolescência.

Criar um bicho em casa ajuda a reduzir a pressão sanguínea, colesterol e o triglicérides, melhorando a função cardíaca e prevenindo doenças cardiovasculares. Passear com cachorro é uma boa maneira de perder peso.

Ter animal de estimação é efetiva medida preventiva para a saúde física e mental dos seres humanos.

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