As mortes de Edgar do Fort e de Thiago Rodrigues, ambos envolvidos na política da cidade de Guarujá, litoral paulista, aconteceram na mesma região e em um intervalo de 5 meses. Os homens já haviam confirmado que eram pré-candidatos nas eleições 2024. Edgar como vereador e Thiago Rodrigues como prefeito da cidade.
Os crimes aconteceram na mesma via, na Rua 1º de Junho, no bairro Paecará. Edgar dos Reis, de 43 anos, foi executado a tiros de fuzil na noite da última sexta-feira (24). De acordo com os relatos da namorada da vítima, um carro se aproximou ao escritório do pré-candidato e um homem, ainda não identificado, desceu do veículo e efetuou os disparos, fugindo em seguida. Horas após o crime, o veículo utilizado foi encontrado incendiado na Rua Iguapé, no bairro Vila Áurea. Até o momento, ninguém foi preso.
Já Thiago, de 34 anos, foi morto em dezembro de 2023. O político e jornalista estava no empreendimento de Edgar, nomeado ‘Fort Eventos’, participando de uma confraternização. Em determinado momento, o homem teria sido chamado para ir até a rua, e ao sair do local, um ciclista se aproximou e efetuou os disparos.
De acordo com o boletim de ocorrência, o pré-candidato à prefeitura de Guarujá foi atingido 9 vezes, no tórax e costas, além da perna e braço direito. Os policias militares que atenderam o caso também encontraram o veículo de Thiago na rua, com o pneu traseiro esvaziado. Não foi possível confirmar se o pneu teria perdido a pressão, se teria sido esvaziado propositalmente ou se um disparo de arma de fogo teria o atingido.
Nas imagens da época do crime, é possível ver a vítima tentando fugir do atirador, mesmo após ter sido atingido, mas ele cai logo à frente e é novamente alvejado.
Thiago fazia parte do partido Rede Sustentabilidade e era jornalista independente, tendo participado da denúncia da ‘Operação Nácar’, que investiga desvio de verba pública destinadas à saúde. Além desta, o político postava em suas redes sociais diversas irregularidades e denunciava vários políticos e empresas.
Edgar do Fort era do partido Avante, e horas antes de ser executado, teria publicado em suas redes sociais sobre uma ação que participou junto com moradores do Jardim Cunhambebe, efetuando a limpeza de uma vala.
Ambos os crimes são investigados pelo 2º DP de Guarujá, e os envolvidos não foram identificados ou presos.