Agentes de saúde usam drones para inspecionar imóvel abandonado em Santos

Foto: Prefeitura de Santos

O Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) de Santos utilizou de um drone para vistoriar um imóvel abandonado, no bairro Paquetá, na cidade de Santos, litoral paulista, nesta sexta-feira (28). A ação foi realizada após uma denúncia anônima à Ouvidoria Municipal.

De acordo com a administração municipal, a tecnologia foi utilizada para inspecionar o imóvel por conta da dificuldade do acesso. Os agentes encontraram água acumulada no telhado, ambiente propício para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana.

Esta não é a primeira vez que o agente especial aéreo entra em ação. Ele tem sido um aliado fundamental na luta contra o Aedes aegypti, permitindo a obtenção de provas documentais e um monitoramento mais eficiente de áreas de difícil acesso.

O CCZV tem prazo legal de 12 dias para responder às denúncias apresentadas pela Ouvidoria, e as imagens aéreas ajudam a embasar as notificações enviadas aos proprietários de imóveis em situação irregular. A Ouvidoria pode ser acionada pelo telefone 162, site da Prefeitura, ou presencialmente, no Paço Municipal, situado na Praça Mauá s/nº, térreo, Centro Histórico, de segunda a sexta, das 8h às 18h.

Com a constatação da água acumulada, o próximo passo é a intimação do responsável pelo imóvel, exigindo providências para evitar a proliferação do mosquito. Caso as medidas não sejam tomadas, o proprietário poderá ser multado.

Segundo o veterinário do CCZV e piloto do drone, Marcelo Brenna do Amaral, a denúncia surgiu durante uma vistoria de rotina, quando um morador apontou a situação do imóvel. Para formalizar a fiscalização, foi solicitada a abertura da queixa na Ouvidoria. “Pode parecer burocrático, mas esse registro tem um peso importante. Ele pode ser usado como base para medidas legais e reforça a posição do Município ao cobrar providências dos responsáveis”, explicou.

O DRONE

O equipamento é usado em operações especiais da Secretaria de Saúde de Santos desde 2020 em áreas de difícil acesso das equipes, como em imóveis fechados. O equipamento pode ser demandado tanto por solicitações da população, via Ouvidoria do Município, quanto por iniciativa dos próprios agentes de combate a endemias, quando percebem a necessidade durante as inspeções.

O MOSQUITO

As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.

Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.

VACINA

A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

PRINCIPAIS DICAS

Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas

Pias – verificar vazamentos e manter ralo vedado

Ralos no chão – tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana

Bandeja externa de geladeira – verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca

Vaso sanitário e caixas de descarga – manter tampados

Calhas e lajes – caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema

Caixas d’água – verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas

Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas – verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente

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