A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, nesta quarta-feira (4), uma reunião da Frente Parlamentar da Terceira Via do Sistema Anchieta-Imigrantes. O encontro reuniu parlamentares, representantes do setor de infraestrutura e autoridades ligadas ao Porto de Santos para discutir os impactos logísticos e as possíveis soluções relacionadas à construção de uma nova pista ligando a Capital paulista à Baixada Santista.
A coordenadora da Frente, deputada Solange Freitas (União), enfatizou a importância do diálogo entre o Governo e a sociedade civil para a formulação de políticas públicas voltadas à infraestrutura. “Como deputada, tenho o dever de promover debates entre setores da sociedade e o Poder Público. Sem interferências governamentais, com transparência e responsabilidade”, afirmou a parlamentar.
Colapso
O deputado Caio França (PSB), também integrante da Frente Parlamentar, destacou a situação crítica do tráfego no sistema Anchieta-Imigrantes. “Eu uso o sistema e, todas as semanas, enfrentamos problemas constantes. Está colapsado”, afirmou. França defendeu a necessidade urgente de soluções. “Precisamos sentar à mesa e ver as coisas acontecerem”, reforçou.
Em janeiro de 2024, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) autorizou a Ecovias a iniciar os estudos necessários para a implementação da terceira via. Os estudos incluem análises de tráfego, avaliações topográficas, sondagens e investigações geológicas e hidrogeológicas, além de relatórios sobre os possíveis impactos ambientais. A previsão para a conclusão é 2026.
Planejamento
Durante a reunião, o diretor superintendente das concessionárias Ecovias e Ecopistas, Ronald Marangon, explicou os objetivos e benefícios do projeto. Segundo ele, a construção da terceira via aumentará a capacidade de tráfego de caminhões e ônibus no trecho de serra, melhorando a fluidez nas outras duas pistas. “A gente espera mais do que dobrar a capacidade para o tráfego de caminhões e ônibus no sentido do Porto de Santos”, destacou Marangon.
Preservação ambiental
Marangon ressaltou que a preservação ambiental é uma prioridade no projeto. “A utilização de túneis é a opção que causa menos impacto. Esta é uma das premissas do projeto”, explicou. Ele também destacou a preocupação em minimizar os impactos sociais. “Aquela região é muito urbanizada. Estamos buscando o mínimo de intervenções nas comunidades para evitar desapropriações”, concluiu.
Além dos citados, a mesa do evento foi composta pelo presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini; o superintendente da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), Rodrigo Hirata; o diretor da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos, Eduardo Lustosa; o secretário de Desenvolvimento Urbano, Glaucos Farinello.